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Segundo Defesa Civil Municipal, desabamento não abalou a estrutura do prédio.
Após uma avaliação preliminar e visual, a Defesa Civil de Belém informou neste sábado (13) que todos os moradores já foram retirados do prédio residencial em que 13 sacadas desabaram e que o ocorrido não abalou a estrutura do prédio.
Segundo Claudionor Corrêa, presidente da Defesa Civil, a sacada da cobertura se desprendeu e causou um efeito dominó, em que uma caiu em cima da outra, o que fez com que todas as 13 sacadas do lado esquerdo caíssem.
“Preventivamente o prédio foi evacuado todo. A partir daí a gente fez um estudo da estrutura do local. Foi identificado que as colunas não sofreram danos, que não tinham soltado lajotas e que não tinha rachaduras e fissuras. Isso são indícios que não abalou a estrutura. Isso é um levantamento preliminar e visual”, explica.
O presidente da Defesa Civil diz que o próximo passo é produzir um relatório para apontar as causas do desabamento e, por isso, é necessário que o prédio fique interditado para o trabalho da perícia do Instituto Renato Chaves e do Corpo de Bombeiros.
O edifício Cristo Rei tem entre 35 a 40 anos, e fica localizado na Rua dos Mundurucus, entre a av. Generalíssimo Deodoro e a tv. Quintino Bocaiúva.
Claudionor Corrêa diz que não havia obra no lado esquerdo após falar com o morador que tem um apartamento na cobertura. O presidente da Defesa Civil diz que no lado direito, também na cobertura, havia uma obra.
A professora Regina Pinto, moradora do sétimo andar, conta que estava com o filho e a neta no hora do desabamento.
“Minha neta estava em uma das salas e eu estava entrando na minha suíte para ver minhas plantas, quando eu vi tudo desabando. Eu iria pra sacada e iria morrer ali, esmagada”, afirma.
Regina diz que a primeira atitude que teve foi pegar a neta e correr para a frente do prédio em busca de segurança.
“Quando eu vi desabar, eu enlouqueci e corri. Peguei minha netinha, saí e deixei o apartamento aberto, com tudo. Meu filho que estava no banheiro saiu em choque”, conta.
A professora fala que foi tudo tão rápido, que teve que sair com uma roupa de dormir, que estava usando.
“Caiu tudo de uma vez. Eu vi tudo caindo. Eu estou com a roupa dos vizinhos. Eu estava passando mal, porque sabia que meu filho tinha ficado dentro do apartamento. Depois ele saiu, trancou o apartamento e me procurou”, afirma mais tranquila.
Seu Antônio, porteiro que trabalha no Edifício Cristo Rei há alguns anos, diz que estava na entrada do prédio no momento do desabamento. O idoso estava bastante emocionado.
“Tava trabalhando normal, só ouvi a zoada e tremeu. Tremeu tudo. Na hora eu não tive ação de nada, quando eu vi, já tive que sair pra rua. Na hora que eu saí já tava tudo no chão”, afirma.
Entre lágrimas, seu Antônio agradeceu a Deus e disse que o sentimento após ter sobrevivido é de livramento.
Um morador, do quinto andar, relata que estava chegando ao prédio quando viu o desabamento.
Redação/G1
