Na época, Galinha pensava que seus sonhos eram eventos reais, e quando acordava, perguntava à sua mãe sobre seus “amigos”: Toshio (japonês), Hans (alemão) e Paul (inglês). A mãe respondia que não sabia, mas, mesmo assim, Galinha os procurava em volta de sua casa.

Como os sonhos eram frequentes, sua mãe decidiu levá-lo a um Padre para “benzer”, pensando que ele poderia estar apresentando algum problema mental, mas, conforme o sacerdote, Galinha não apresentava nada de anormal para uma criança de sua idade.

Os sonhos duraram 15 anos e Galinha conta que os meninos, que tinham a mesma idade dele, começaram os diálogos escrevendo a mesma frase:  “Deus é Amor”. Ele conversava normalmente como se estivesse nos países dos garotos e memorizava tudo o que aprendia nos sonhos quando acordava.

Para ele, os sonhos foram uma espécie de aula: “Nos sonhos, a areia era o quadro e o dedo era o giz. Quando eu acordava, memorizava tudo”. (Além de poliglota, ele também é um poeta, né? 😍).

Os moradores da cidade ficaram surpresos e admirados com a habilidade poliglota de Galinha, que só estudou até a 4ª série do ensino fundamental. Uma multidão de pessoas foi até a sua casa para ouvi-lo conversar em outras línguas.

“Deus me passou de graça, por isso resolvi passar esse aprendizado para inúmeras crianças carentes”

Há 9 anos, Galinha ensina o que aprendeu nos seus sonhos para inúmeras crianças carentes de São Francisco no Espaço Fala Menino. Ele decidiu passar esse conhecimento adiante como uma coisa que Deus lhe deu de graça.

Galinha também traduz textos para pessoas da comunidade e, além do ensino de línguas, realiza trabalhos voluntários na Associação Espaço Fala Menino.

O projeto é mantido por doações, se você quiser e puder ajudar, clique aqui.

Ah, aproveita e assista à reportagem que o Fantástico (TV Globo) fez sobre o Galinha Tonta: