Dor no corpo, tosse e irritação nos olhos são alguns dos sintomas da gripe H3N2 que causou surto em JP
Publicado em terça-feira, dezembro 28, 2021 · Comentar
A Paraíba tem registrado nas últimas semanas um surto de gripe. Só nas últimas 24h, cerca de 500 pessoas procuraram as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em João Pessoa com sintomas gripais. Segundo a Secretaria de Saúde do Estado, 17 casos graves da doença foram confirmados no Estado e 13 estão sendo investigados para saber se são causados pelo vírus da influenza H3N2. O infectologista do Sistema Hapvida em João Pessoa, Fernando Chagas, explica alguns sintomas desse surto de gripe que atinge o estado, e o que os diferenciam dos sintomas da covid-19.
“Os mais comuns são coriza, dores de cabeça, tosse e dores musculares, o que faz que algumas pessoas fiquem, literalmente, acamadas. Outra característica é o ataque aos olhos, deixando-os doloridos e vermelhos, como se fosse uma espécie de conjuntivite, algo que não se vê na covid-19, por exemplo. Em outros casos, há presença de diarréia e otite (inflamação no ouvido)”, afirmou.
Ele alerta que os sintomas podem variar de pessoa para pessoa e que, nos casos mais intensos, é preciso procurar ajuda médica. “Quem está com sintomas gripais leves, não tem fatores de risco, pode ir a uma consulta com clínico geral ou até uma Unidade Básica de Saúde. Mas, se está enquadrado no grupo de risco, é um idoso, tem a diabetes descontrolada, está com sintomas mais intensos aí sim deve buscar uma urgência”, orienta o infectologista.
Fernando Chagas explica também a diferença entre resfriado e gripe. “No primeiro caso, são infecções respiratórias, ou seja, atacam apenas o Sistema Respiratório Superior, nariz, boca e, por isso, os sintomas como coriza, tosse são presentes, sendo quadros que se limitam as vias superiores. Já quando afeta todo o corpo aí, de fato, se tem uma gripe”, ressaltou.
Riscos
O infectologista esclarece que o grande problema e os riscos da gripe são quando se atinge populações mais fragilizadas, como idosos acima de 60 anos, crianças abaixo dos cinco anos de idade, gestantes – que possuem, inclusive, o risco de evoluir para uma forma grave –, puérperas e pessoas com comorbidades, como: diabetes descontrolada, doenças no coração, no fígado.