Oposição acusa governador de usar programa como barganha eleitoral

Publicado em quarta-feira, dezembro 15, 2021 · Comentar 


A ampliação do Programa Tá Na Mesa para mais 18 cidades do interior da Paraíba contemplando municípios com até 8 mil habitantes, projeto de lei do governo do Estado, gerou muita polêmica na sessão dessa terça-feira (14), na Assembleia Legislativa. Muito embora tenha sido aprovado por maioria na Casa, o governador foi acusado por integrantes da oposição de usar o programa como barganha eleitoral.

Para o deputado Cabo Gilberto (foto), líder da oposição, esse tipo de programa foi sempre utilizado pelo governo “socialista” de forma eleitoreira. “Um programa que foi usado lá atrás com fins eleitoreiros e continua da mesma forma para beneficiar pessoas ligadas ao governo do Estado que serão candidatos no ano que vem. O governador, com essa medida está comprando apoio político desrespeitando a quem tem fome e não tem emprego”, disse.

O deputado Jeová Campos afirmou que alguns deputados da base governista estão fazendo do programa um palanque eleitoral e, talvez, para ser justo, o governador nem saiba disso. “Mas tem deputados que bota o secretário Tibério Limeira (Desenvolvimento e Ação Social) debaixo do braço e trata como se o programa fosse particular para fazer promoção pessoal. Eu peço para o Ministério Público ficar atento a isso, e espero que João Azevêdo fique também atento, pois é verdade o que vem acontecendo”, ressaltou.

Foto: Paraibaonline

Foto: Paraibaonline

A deputada Cida Ramos votou favorável, mas não sem antes fazer duras críticas aos programas de políticas públicas de Azevêdo. Segundo ela, milhares de pessoas numa fila clamando por comida não é uma fila bonita. “Se esse programa está sendo expandido e a forma é real na Paraíba, está também a exigir do governo políticas públicas consistentes”, disse.

Cida Ramos enfatizou ainda no seu discurso que a área social do governo João Azevêdo sofreu um retrocesso e não houve avanço. Disse ainda que o orçamento da Assistência Social foi reduzido em mais de R$ 2 milhões. “E nós não estamos com problemas de recursos no orçamento do governo do Estado. A política precisa ser empregada para que as pessoas necessitadas se sintam tão humanas quanto as outras”, destacou.

Para a deputada Estela Bezerra, é preciso que o programa não seja transformado em moeda, em barganha eleitoral. “O governo da Paraíba é um dos que pior desempenharam os recursos que receberam em função da Assistência Social e da Segurança Alimentar. Até o final do ano passado, a Paraíba gastou apenas 2,3% dos recursos destinados a políticas públicas”, observou.

A deputada pediu ainda que fosse feito um debate dentro da Comissão de Saúde e Segurança Social sobre o orçamento que foi destinado a esses programas, que no período de fome, pandemia e desemprego precisa ser efetivo e não instrumentalizado.

O deputado Ricardo Barbosa criticou o posicionamento da bancada de oposição e considerou inaceitáveis e inoportunas as críticas da deputada Cida Ramos, especialmente porque ela foi ocupante da Pasta do Desenvolvimento Social do Estado e, segundo ele, se beneficiou dos programas sociais para se eleger. Ele prometeu na sessão desta quarta-feira (15) , fazer uma prestação de contas do governo na área dos serviços sociais oferecidos à população paraibana.

Da redação/ Com Halcedama Borba

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