Com litro de leite de jumenta valendo até R$ 500, Índia investirá em laticínio

Publicado em domingo, agosto 16, 2020 · Comentar 


Os benefícios do leite de jumenta para fins estéticos são conhecidos há milênios. Diz-se que Cleópatra, última rainha do Antigo Egito e uma das mulheres mais conhecidas da história, banhava-se nele para prolongar a juventude, e é bem verdade que o produto tem propriedades antioxidantes, que retardam o envelhecimento da pele.

E é a raridade que faz com que o leite de jumenta valha tanto no mercado. Na Índia, por exemplo, o litro do produto chega a ser comercializado pelo equivalente a R$ 500. A indústria de cosméticos é a principal compradora e utiliza-o para confecção de sabonetes, loções corporais, protetores labiais entre outros.

De olho nessa oportunidade, a Índia anunciou nesta semana que deve inaugurar em breve um laticínio focado em leite de jumenta, no Centro Nacional de Pesquisa em Equinos (NRCE, na sigla em inglês), em Hisar, no estado de Haryana. A raça halari foi a escolhida para o trabalho, e a organização já encomendou 10 animais, que estão em reprodução neste momento, segundo o canal de notícias Zee News.

Outro fato interessante é que antes da Segunda Guerra Mundial o leite de jumenta era usado para substituir o leite materno, por ser bastante parecido (em termos de vitaminas, minerais e ácidos graxos) e não causar alergia em crianças, como acontece com leite de vaca e de búfala. Porém, acabou caindo em desuso, justamente por sua baixa produção.

Atualmente, o queijo mais caro do mundo tem como matéria-prima o leite de jumenta. Chamado de “pule”, ele é produzido em uma reserva natural na Sérvia. O quilo dessa iguaria é comercializado por mais de US$ 2.000. Fazendo a conversão com o dólar na casa dos R$ 5,30, equivale a impressionantes R$ 10.600.

Da redação/ Com Canal Rural

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