A gestão do prefeito de Mari, Antonio Gomes, tem implementado um arrojado projeto de política pública voltada para o homem do campo, capitaneada pelo Secretário do Desenvolvimento Econômico e Agrário, Severino Ramo, mudando a lógica da ação do poder público nesse segmento.
Desde o início da gestão em 2017 que o Governo Municipal tem procurado inserir o município em ações que tenham resultados a médio e longo prazo, saindo da política assistencialista implementada ao longo dos anos onde o homem do campo só tinha direito ao corte de terra e com a intervenção política dos gestores de plantão.
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Nessa nova lógica, a gestão municipal em parceria com Governo do Estado da Paraíba, da Emepa-PB, da EMATER –PB, criou o projeto de Cajucultura, beneficiando os agricultores familiares dos Assentamentos Tiradentes e Zumbi dos Palmares, onde foram distribuídas para planta 10 mil mudas do caju anão precoce. A meta era distribuir em 25ha, de cada Assentamento.
No que tange alguns atropelos na execução do referido projeto, o Secretário Severino Ramo tem respondido as críticas apresentando casos de agricultores que plantaram e deu frutos. “O município não é o produtor do cajú, a nossa política é de assistência técnica, orientação e suporte para que os próprios agricultores possam produzir e comercializar o fruto da produção”, esclarece.
O cultivo do Urucum é outra política pública implementada dentro do Projeto Propriedade Produtiva da Secretaria de Desenvolvimento Agrário do município. Na comunidade de Açude Grande se tornou unidade referência nesse tipo de cultivo (cultivar: Piave Verde Limão). A cultivar utilizada apresenta várias vantagens comparativas com as que existem na região, como a precocidade na brotação de flores e cachos, maior produtividade de sementes, além do alto teor de BIXINA. Mas não só Açude Grande se tornou referência no plantio de Urucum, outras localidades da zona rural também seguiram o exemplo tendo vários agricultores de comunidades diferentes feito o plantio.
Em Lagoa do Felix, o plantio de Sorgo “Agri 002E” (sorgo boliviano gigante) é uma outra atividade incentivada pela Gestão Municipal. A localidade se tornou uma unidade de referência para a produção de forragem, para alimentar os animais num período de maior carência de alimento para os mesmos, a partir do uso de técnica de ensilagem, para conservar a qualidade nutricional.
Na área experimental, logo no início dos trabalhos foi realizado o cultivo de cinco materiais genético diferente A cultivar Sorgo Agri 002E que apresenta alto teor de biomassa; 1 hectare produz entre 100 e 120 toneladas de massa verde, no terceiro mês do plantio. No experimento, os técnicos realizaram 5 tipos de plantios diferentes, procedimento este que busca encontrar o melhor resultado com cultura do Sorgo.
Na atualidade a produção segue com resultados bastante satisfatórios e os produtores de animais tem reconhecido a importância dessa ação.
O projeto da Casa de Farinha que fora construída através do APL (Arranjo Produtivo Local), apoiado financeiramente pela SEDAP/BNDES que estava fechada havia alguns anos, e que passara a funcionar na atual gestão foi outra política pública importante gerenciada pela prefeitura.
Com a Casa de Farinha funcionando toda a produção de mandioca dos agricultores familiares pode ser absolvida para fabricação da farinha no próprio município.
A construção da geodésica simboliza implantação de um sistema produtivo integrado para o cultivo de hortaliças, plantas medicinais, Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) frutíferas, mandioca, inhame, batata doce, criação de bovino, suíno, de peixes e de galinha caipira; além da instalação de um biodigestor para geração de “gás de cozinha” e de placas fotovoltaica para a geração de energia solar.
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O processo de capacitação foi desenvolvido buscando integrar várias práticas do cultivo da terra, produção de medicamentos homeopáticos, criação de animais; com isso, dinamizar, potencializar o espaço utilizado e valorizar a relação do humano com a natureza, com práticas agroecológicas e holísticas.
A inauguração do espaço foi incrementada com a realização do Curso de Práticas Integrativas Populares em Saúde e Fitoterapia. O curso foi ministrado por Emanuel Falcão, da UFPB/PRAC e contou com a participação de representantes dos Povos Tabajaras, com destaque para as presenças do Cacique e o Pajé daquela comunidade indígena.