Manifestações a favor da educação levam 1,5 milhão de pessoas às ruas

Publicado em quarta-feira, agosto 14, 2019 · Comentar 


Imagem de um dos protestos em João Pessoa – Foto: Cida Alves

Durante toda a terça-feira (13), as ruas do país foram tomadas por mobilizações em defesa da Educação e contra a reforma da Previdência. Milhares de estudantes, professores, sindicalistas, trabalhadores e ativistas dos movimentos populares denunciaram retrocessos do governo de Jair Bolsonaro (PSL). O terceiro “Tsunami da Educação” contou com atos nos 26 estados brasileiros, além do Distrito Federal.

Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), pelo menos 211 municípios brasileiros registraram atos nesta terça. A população somada dessas cidades é de quase 83 milhões de pessoas, cerca de 40% da população do país.

Segundo a União Nacional dos Estudantes (UNE), 1,5 milhão de pessoas foram às ruas nesta terça-feira, em 205 cidades de todos os estados, mais o Distrito Federal. Em seu perfil oficial no Twitter, a UNE afirmou que novos protestos estão previstos para o dia 7 de setembro.

Assim como nas últimas grandes jornadas de protesto, nos dia 15 e 30 de maio, o repúdio aos cortes no orçamento do Ministério da Educação (MEC) e de tramitação da proposta de reforma da Previdência permanece. A novidade deste 13 de agosto é o protesto contra o projeto “Future-se”, que prevê a criação de um fundo de R$ 102 bilhões para atrair investimentos internacionais no ensino superior.

Reitores, ex-ministros da Educação e outros especialistas da área afirmam que o projeto ameaça a autonomia orçamentária das universidades e representa um ataque à gratuidade do ensino superior.

O dia de mobilizações foi convocado pela União Nacional dos Estudantes (UNE), que já manifestou posição contrária ao “Future-se”. Segundo a UNE, o programa tem um viés privatizante e precisa ser combatido.

Em João Pessoa, capital paraibana, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) participou dos atos junto a 15 mil estudantes e professores.

 

Da Redação 

Com Veja e Brasil de Fato

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