Reitor condena “batida” da Justiça Eleitoral em sala de aula na UEPB

Publicado em sexta-feira, outubro 26, 2018 · Comentar 


O reitor da Universidade Estadual da Paraíba, Rangel Júnior, comentou sobre críticas surgidas e denúncias nas redes sociais de que a comunidade acadêmica da UEPB estaria coagindo alunos a partir de preferências políticas.

Rangel afirmou que considera estranho a manifestação de algumas pessoas, em atacarem a universidade, por uma suposta prática de coerção por parte de membros da comunidade universitária.

– Geralmente, em quase 100% das situações, partem de setores por serem minoritários na Universidade, e minoritários na sociedade, do ponto de vista de terem pessoas que lhes seguem em termos de opinião, e que não conhecem o ambiente universitário, levando esse tipo de questão – explanou.

Ele frisou que essas denúncias não passam de “fofocas”, pois se fossem verdade tais fatos seriam relatados com os nomes das pessoas envolvidas e com testemunhas.

– Ninguém tem o direito de constranger outra pessoa em relação a sua escolha política eleitoral, ideológica, de orientação sexual, pela sua condição social, pela sua cor, pela sua religião. O que temos visto no Brasil é um conjunto de manifestações dessa natureza, contra minorias sociais, não quantitativas, e é nesse sentido que eu tenho orientado as pessoas, havendo qualquer tipo de manifestação, que procuram a ouvidoria da Universidade, seja para denunciar formalmente, ou até anonimamente, mas comprovado textualmente onde aconteceu, como aconteceu, e as pessoas envolvidas no fato. Fora isso, é fofoca – salientou.

O reitor também comentou sobre uma “batida” da Justiça Eleitoral, durante uma exibição de filme em uma sala de aula da UEPB.

– Me causa profunda estranheza que um grupo de fiscais do Tribunal Eleitoral adentrem a uma sala de aula onde está acontecendo uma atividade acadêmica e interrompam para registrar o nome da professora, o título do filme que estava sendo exibido, o nome da disciplina que estava sendo ministrada. Isso é um absurdo, uma coisa surreal. Me parece que há um exercício de pessoas saudosas de um tempo tenebroso da história brasileira – reprovou.

As declarações repercutiram na Rádio Correio FM, nesta quinta-feira, 25.

Da Redação
Com Paraibaonline

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