Racionamento d’água em CG só será suspenso quando Boqueirão atingir 34 milhões de metros cúbicos de água

Publicado em quarta-feira, março 22, 2017 · Comentar 


Iniciado há mais de dois anos, por conta do baixo volume de água armazenada no açude Epitácio Pessoa, o racionamento pode estar prestes a ser suspenso em Campina Grande e demais cidades abastecidas por Boqueirão.

O gerente regional da Companhia de Água e Esgoto da Paraíba (Cagepa), Ronaldo Meneses, disse que o racionamento será interrompido quando Boqueirão atingir 34 milhões de metros cúbicos de água acumulada.

– Hoje, estamos usando o volume morto do manancial, ou seja, aquele volume intangível. Começamos a utilizar esse volume morto no dia 18 de julho de 2016, quando começamos a distribuir por zona. Naquela época o açude estava bem próximo a 34 milhões de metros cúbicos. Então, podemos pensar em sair do racionamento quando o manancial atingir os 34 milhões de metros cúbicos, porque quando tiver com este volume, vamos poder puxar com as bombas flutuantes e com a tomada de fundo. Enquanto isso, continua normalmente o racionamento aos moldes do que está hoje – destacou.

Além disso, ele informou que a companhia na última semana realizou coletas da água do Velho Chico, em alguns pontos, para analisar a qualidade e suas características.

– Eu ainda não tive acesso aos resultados, porque tem análises que demoram semanas. Mas acredito, sim, que a água detém boa qualidade e dá para tratar tranquilamente. O que precisamos saber também são características que ela vai trazer do São Francisco que não tínhamos ainda – concluiu.

Ele explicou que a expectativa era de que as águas da transposição do rio São Francisco chegassem ao Açude Epitácio Pessoa no final de abril deste ano. Porém, segundo ele, a Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa) fará medições para ter uma previsão mais precisa da chegada das águas ao manancial. Privatização – Em entrevista a Rádio Caturité AM, Ronaldo Meneses também se pronunciou sobre a possível privatização da Companhia. Ele acredita que este momento não é adequado para se discutir esse assunto.

– É um momento de crise hídrica, a própria Cagepa enfrenta muitas dificuldades na sua operação e há toda uma série de fatores. O que está se querendo passar para população é uma má prestação de serviços. Se a Cagepa não tivesse instalado em tempo hábil a captação flutuante, a Cagepa não estaria distribuindo água como distribuiu com o açude quase seco – comentou.

No dia em que o racionamento de água começou, em 6 de dezembro de 2014, o açude, que tem capacidade para 411.686.287 metros cúbicos de água, estava com pouco mais de 98,557 milhões, que correspondia a 23,9% Hoje o manancial está com menos de 3% de sua capacidade.

Da redação Com Severino Lopes

via PB Agora

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