EDITORIAL: A rádio por si só não influencia o ouvinte

Publicado em quarta-feira, dezembro 4, 2024 · Comentar 


Foto Reprodução

No mundo moderno, a rádio continua sendo um dos meios de comunicação mais importantes, especialmente em comunidades onde a conexão com o público é direta e genuína. Entretanto, é preciso esclarecer um ponto essencial: a rádio por si só não influencia na concepção do ouvinte quanto aos assuntos relevantes que permeiam a sociedade em que ele está inserido.

Uma rádio que busca ser relevante deve contar com profissionais capacitados e éticos. O jornalista não é apenas um transmissor de notícias; ele é o elo de confiança entre a informação e o público. A influência positiva de uma rádio passa, obrigatoriamente, pelo compromisso do jornalista com a verdade dos fatos.

Para influenciar na opinião pública a rádio precisa de jornalistas/radialistas/comunicadores que compreendam que seu trabalho vai além de ser um mero repórter. Precisa investigar, apurar e contextualizar as informações, garantindo que aquilo que chega ao ouvinte seja verdadeiro e relevante. Sem isso, a influencia da rádio pode ser colocada em xeque, sua capacidade de formação da opinião de outrem é praticamente perdida.

A notícia baseada na verdade

A frase “a rádio por si só não influencia” ganha ainda mais força quando pensamos no impacto que a notícia tem no cotidiano das pessoas. Em tempos de fake news e desinformação, a responsabilidade das emissoras de rádio em transmitir conteúdos precisos só aumenta e se ela vacila nessa missão, perde toda a sua força.

Para que a notícia seja um instrumento de influência positiva, ela deve ser pautada na realidade e não em interesses políticos ou comerciais. Essa fidelidade aos fatos é o que transforma a rádio em um canal confiável, capaz de mobilizar a sociedade, fomentar debates saudáveis ​​e até mesmo inspirar outros agentes a se posicionarem.

A relação entre radialista e ouvinte

Outro aspecto essencial para o poder de influência de uma rádio é a conexão que o radialista estabelece com seu público. Mais do que uma simples voz no ar, o radialista deve ser percebido como um amigo, alguém próximo, que entende as demandas e as necessidades de quem o ouve.

Essa relação é construída com empatia, respeito e diálogo. O radialista que interage com o público, escuta e leva em consideração as demandas da comunidade estabelece um vínculo que vai muito além da programação. Essa conexão emocional faz com que a mensagem transmitida seja recebida com mais atenção e respeito, aumentando o impacto do que é dito por ele.

Portanto, para que uma rádio seja verdadeiramente influente, ela precisa investir em comunicadores com ‘nohall’, priorizar a verdade em suas pautas e fortalecer os laços com sua audiência. Somente assim, a rádio continuará sendo uma ferramenta que pode mudar realidades, do contrário, a única coisa que ela consegue fazer mudar é a preferência do ouvinte por outra emissora mais atraente.

Editorial/ExpressoPB – 04/12/2024  

Comentários