O PT em João Pessoa sofreu em um único dia – ou seja, em 24 horas – dois reveses que precisam ser analisados com frieza e sem paixões partidárias. O que acontece na capital nesse período pré-eleitoral é reflexo do que ocorre pelo estado afora: o isolamento da legenda no que tange a disputa eleitoral de outubro.
O deputado Luciano Cartaxo, que tentava se lançar candidato a prefeito da capital, desistiu da prévia e consequentemente da disputa das ruas; horas depois o PCdoB, partido que integra a federação com o PT se adiantou e anunciou apoio a reeleição de Cícero, deixando o PT totalmente sem chances de protagonismo algum no principal colégio eleitoral da Paraíba.
Enquanto o bolsonarismo, representado pela extrema direita, tem candidatos em João Pessoa e nas principais cidades da região metropolitana, o PT não consegue se quer atrair novas lideranças para a legenda e continua a reboque de outras agremiações partidárias que se conectam com o partido em nível nacional.
O retrato de João Pessoa se espalha pelo interior. Nas 20 maiores cidades do Estado, a legenda não vai disputar cargos executivos, com raras exceções; e nessas exceções, sem protagonismo algum.
O isolamento do partido comandado pelo Presidente da República é consequência dos erros táticos da legenda desde a eleição de 2022, onde não priorizou a criação de quadros competitivos para o desafio eleitoral desse ano, não articulou para atrair lideranças populares e com expressão eleitoral e priorizou o debate sectário e ideológico.
Redação/ExpressoPB