Análise: O pomo da discórdia na política de Marí e suas consequências

Publicado em domingo, março 10, 2024 · Comentar 


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Na mitologia grega, o pomo da discórdia era uma maçã dourada lançada pela deusa Éris durante o casamento de Peleu e Tétis. Inscrições na maçã diziam “À mais bela”, o que gerou uma disputa entre as deusas Hera, Atena e Afrodite. Zeus designou Paris, um mortal, para escolher a mais bela entre elas. Cada deusa tentou suborná-lo, e Afrodite prometeu-lhe o amor de Helena, desencadeando a Guerra de Troia.

O pomo da discórdia simboliza a discórdia e as consequências de decisões que desencadeiam disputas e conflitos.

O cenário político de Marí se assemelha ao épico da mitologia grega, onde o Prefeito Antônio Gomes, qual um deus decidindo destinos, lançou o equivalente moderno do pomo da discórdia ao escolher Lucinha da saúde como sua sucessora, desencadeando uma série de eventos que abalam as estruturas políticas locais.

Assim como na história mitológica, o pomo da discórdia lançado por Antônio Gomes trouxe divisões e atritos, desconsiderando a importância do diálogo com sua base aliada na Câmara, Secretários e demais lideranças. A decisão unilateral do alcaide mariense revela uma desconexão com as nuances políticas e a falta de percepção sobre a aceitação popular de sua escolha.

Dra. Emanuelle, a então Secretária de Saúde, representa a deusa rejeitada na disputa pelo pomo da sucessão. Seu oferecimento para fortalecer a sucessão foi ignorado, e a irredutibilidade do prefeito em manter Lucinha como pré-candidata gerou um conflito que resultou na saída de aliados históricos e importantes.

O descontentamento gerado pela escolha do pomo da discórdia político reverberou na sociedade, alimentando a percepção de que Antônio Gomes busca, indiretamente, um terceiro mandato através de Lucinha. Essa narrativa prejudica a imagem do prefeito e de sua apadrinhada, distanciando-os do apoio popular necessário para uma campanha bem-sucedida.

A lista de aliados que abandonaram o barco político de Antônio Gomes assemelha-se aos deuses e heróis que se retiraram da disputa pelo pomo na mitologia grega. A renúncia da Secretária de Saúde Emanuelle Chaves, o Secretário Adjunto de Saúde Nilcélio Oliveira, o Agente de Saúde Ronaldo Oliveira, a enfermeira Adriana Galvão e o suplente de Vereador e Radialista Marcos Sales são equivalentes aos personagens que recusaram o pomo e decidiram seguir caminhos independentes.

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Neste contexto, a analogia com a mitologia grega destaca a importância de escolhas estratégicas e da compreensão das dinâmicas políticas. O pomo da discórdia lançado por Antônio Gomes não só causou descontentamento, mas desencadeou uma série de consequências que podem impactar profundamente o futuro político de Marí.

Diante deste cenário, é imperativo que os estrategistas políticos considerem a lição mitológica de evitar lançar pomos da discórdia, compreendendo a necessidade de diálogo, inclusão e respeito às opiniões de sua base aliada. A falta de consenso pode levar a uma queda política, tornando-se crucial aprender com as consequências do pomo da discórdia lançado em Marí.

Redação/ExpressoPB

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