Com medo de cachorro, aposentada cria mini cabritinho em quintal de casa em SP: ‘Ele gosta de jogar bola e ama pular onda’

Publicado em quarta-feira, maio 10, 2023 · Comentar 


Mini-cabrinho Léo, adotado com três meses, pela aposentada Margarida Maria — Foto: Arquivo pessoal

A aposentada Margarida Maria, de 69 anos, e seu marido, José Custódio, de 79 anos, tiveram uma decisão fora do comum em 22 de julho de 2020. Na data, o casal resolveu comprar um mini cabritinho chamado Léo. À época, o animal tinha 3 meses.

Ao g1, Margarida contou que a pandemia foi um processo muito difícil e percebeu que um bichinho poderia animar a casa – localizada no Jardim Planalto, bairro da capital paulista. “Porém, eu tenho medo de cachorro, então, um cabritinho poderia ser interessante”.

Antes comprar Léo, Margarida chegou a adotar alguns pássaros, mas desistiu da ideia semanas depois. Margarida, então, viajou com a filha, Rosana Paiva, de 41 anos, para Conchas (SP) e comprou o mini cabritinho por R$ 2 mil.

Enquanto voltava para a capital paulista, Margarida e a filha começaram a dizer vários nomes e, segundo ela, quando falaram Léo, o animal deu um berro. “Foi assim que definimos o nome dele”, falou a aposentada. 

Cuidados com Léo

Margariada construiu uma casa para o mini cabritinho no quintal de casa e toda manhã e noite coloca ração, água e feno para o animal (veja foto abaixo).

“O único problema é comprar os itens de cuidado. Não é tão fácil de achar os produtos necessários. Mas já tenho uma loja no centro de São Paulo que vou sempre”.

Residência criada por Margarida Maria para o mini-cabritinho — Foto: Reprodução pessoal

Residência criada por Margarida Maria para o mini-cabritinho — Foto: Reprodução pessoal

Por ter passado a infância e juventude em Barbacena (MG), a tutora de Leo conta que aprendeu a cuidar de diversos animais e adaptou os cuidados ao mini cabritinho.

Margarida relata que dá vermifugo ao animal 1 vez ao ano – a última aplicação foi em 20 de janeiro. Já o banho, é mensal.

“Quando a vacinação, a veterinária comentou que não precisa dar já que ele não convive com outros animais. Porém, sempre fico de olho na saúde dele para saber quais cuidados tomar e oferecer a melhor vida a Léo”, diz a aposentada.

O mini cabritinho tem 20 quilos e cerca de 1 metro. Margarida falou que quando o adotou, não possuía chifres. Hoje, o “animal com aparência que pode dar medo [em outras pessoas]”, nas palavras da dona, não é violento e gosta de brincar.

Margarida disse que Léo adora jogar bola e costuma levá-lo à Mongaguá, Litoral de SP. “Ele ama pular onda”.

“Mesmo que as pessoas achem perigoso, eu quero cuidar para sempre de Léo. Para o resto da minha vida”, diz Margarida.

Documentação do mini cabritinho

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) é o órgão responsável por definir quais animais podem ser domesticados sem precisar de autorização – a lista tem 50 espécies (veja nesta matéria) – mini cabritinho, porém, não consta na lista.

Em alguns casos, outros bichos, outros animais fora da lista podem ser domesticados, mas com autorização do órgão. Margarida contou ao g1 que não conversou com o Ibama, mas quando passeia com Léo, sai com o documento de compra e de vermifugação para mostrar que é tutora do animal.

g1 entrou em contato com o Ibama para entender se apenas usar esses documentos validam a adoção, mas, até a publicação desta matéria, não teve retorno.

Redação/G1 

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