Depois da violência, o deboche. Além de agredir com socos, tapas, puxões e pontapés Francisco Borges e sua esposa Viviane Magalhães, o policial militar Leonardo Pinto de Aguiar ainda teria debochado da forma como tratou a mulher durante incidente registrado em vídeo, no dia 8 de abril, no Hospital Lourenço Jorge, na Barra, onde o casal estava para acompanhar o filho de três anos que havia quebrado a perna.
— Na delegacia, eu fui ao banheiro e ele estava lá fora falando com pessoas que não tinham nada a ver com a situação, dizendo que tinha me jogado no chão e que eu tinha caído igual uma banana podre. Eu acho que é um absurdo, ele estava falando de mim lá fora, rindo e achando graça do que fez comigo — disse Viviane — Falei pra que o que ele tinha feito era crime, e ele debochando achando que só porque era policial não ia ser punido. Ele tem que ser punido pelo que fez — completou.
Segundo Francisco Borges, ele e Viviane levaram o filho para receber atendimento após a criança cair de uma escada. Ao chegarem na unidade de saúde, o menino passou por um exame de raio-X. Com o resultado em mãos, Francisco procurou os médicos para entregá-lo, mas não os encontrou e deixou a radiografia em uma sala com os enfermeiros.
— O médico simplesmente disse que o raio-X sumiu e não faria outro porque meu filho é uma criança, e a radiação poderia fazer mal a ele. Então eu perguntei o que seria feito e eles falaram que iriam cortar a perna do meu filho para colocar o osso no lugar, pino, essas coisas — conta Francisco. — Eu entrei em desespero e não aceitei eles fazerem uma cirurgia sem ver o raio-X, disse que não iria deixar. Como pai, eu me senti muito angustiado, vi o lado do meu filho, a dor que ele iria sentir, e a recuperação como ia ser. Não deixei fazer a cirurgia pela falta do raio-X.
Policial Militar agride pais de criança em hospital na Barra da Tijuca; vídeo — Foto: Arquivo pessoal
Redação/Extra