A mulher que em busca de seu “par romântico” foi morta e teve os órgãos retirados

Publicado em domingo, novembro 27, 2022 · Comentar 


Juan Villafuerte e Blanca Arellano. Mulher foi conhecer namorado virtual no México e acabou assassinada para ter os órgão retirados – Créditos: Twitter/Reprodução

O começo de tudo parecia o prenúncio de uma história de amor. A mexicana Blanca Olivia Arellano Gutiérrez, de 51 anos, moradora da Cidade do México, conheceu numa plataforma de jogos online um peruano de 37 anos, Juan Pablo Jesús Villafuerte, estudante de medicina e profissional da área de biotecnologia. As primeiras conversas levaram a um entrosamento rápido entre os dois, o que evoluiu para um namoro à distância, já que o homem vivia no Peru, na cidade costeira de Huacho.

Após meses de troca de mensagens e de juras de amor, Blanca resolveu por em marcha seu sonho de conhecer o sujeito que pensava ser o amor de sua vida e tomou um voo para Lima, a 5 mil quilômetros de distância de sua casa, para finalmente conhecer Villafuerte.

Era julho quando Blanca embarcou para o Peru e finalmente conheceu o namorado virtual. Para a família, principalmente para a sobrinha Karla Arellano, Blanca mandava fotos da localidade de Huacho e de seus passeios com o amado. Ela foi ficando e até o dia 7 de novembro essa era a rotina da apaixonada mexicana.

De repente, as mensagens para a sobrinha e para outros familiares cessaram. De acordo com os parentes, a última ligação que Blanca fez a Karla foi dentro da normalidade, sem qualquer traço de comportamento diferente ou que denotasse preocupação. A tônica de suas palavras era sempre a mesma: conhecer Villafuerte pessoalmente foi bom, superou as expectativas e mostrou que seu amor por ele não era só virtual, mas plenamente possível pessoalmente.

Karla, a sobrinha, muito ativa nas redes sociais, passou então a publicar periodicamente tuítes pedindo auxílio para encontrar a tia desaparecida no Peru. Suas publicações romperam a rede de conexões do México e chegaram ao país andino. De posse do contato de Villafuerte, ela entrou em contato com o suposto estudante de medicina com quem a tia namorava e o homem disse a ela que não sabia de Blanca, porque o casal teria brigado havia alguns dias e que ela, então, foi embora dizendo que regressaria ao México.

As insistentes publicações de Karla no Twitter se popularizaram no Peru, sobretudo entre internautas da cidade de Huacho, onde o casal vivera nos últimos meses. Com o caso ganhando notoriedade, autoridades peruanas locais passaram a dar atenção ao caso e anunciaram a abertura de uma investigação para tentar localizar o paradeiro de Blanca.

Só que, poucos dias depois, em 10 de novembro, um fato macabro começaria a mudar os rumos da história “de amor”. Um dedo amputado com um anel foi encontrado na praia de Huacho e com a notícia se espalhando rapidamente, a família de Blanca foi avisada. Infelizmente, eles reconheciam o anel como sendo da mulher desaparecida, ainda que a pedra da joia tivesse sido retirada.

Na mesma semana, um verdadeiro roteiro de terror tomou conta de Huacho. Vários outros pedaços de um corpo humano surgiram na praia. Primeiro uma cabeça, com a musculatura do rosto retirada minuciosa e precisamente com um bisturi. Depois, um braço e, por fim, um tronco, aberto também cirurgicamente e sem órgãos internos, como fígado e os rins.

No último dia 17, a polícia do Peru pediu a prisão de Villafuerte, que foi deferida pela Justiça. Ele foi indiciado por assassinato e tráfico de órgãos humanos. Os investigadores descobriram ainda que o estudante de medicina havia publicado pequenos vídeos no TikTok, nos dias seguintes ao desaparecimento de Blanca, no qual aparece dissecando órgãos humanos, mais precisamente um pâncreas e um cérebro.

Juan Pablo Jesús Villafuerte segue detido no Peru até que as autoridades da polícia, do Ministério Público e do Judiciário encerrem as investigações e as diligências sobre o sinistro caso da mulher mexicana que apenas queria encontrar seu par romântico.

Da Redação 
Com Revista Forum 

Comentários