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Em cruzeiro, cantor levará cerca de 5 mil fãs ao lugar, construído artificialmente no Caribe. Para tudo sair como planejado, projeto tem investimento inicial de quase R$ 30 milhões.
O cenário paradisíaco de uma ilha nas Bahamas, horas e horas de shows com entretenimento de resort. Tudo exclusivo para cerca de 5.000 pessoas dispostas a pagar caro para participar do próximo projeto internacional de Wesley Safadão.
O cantor anunciou no último fim de semana a quinta edição de seu cruzeiro WS on Board, “revoada” em alto-mar que ele organiza desde 2018. Pela primeira vez, em julho de 2023, o navio fará um roteiro fora do Brasil, saindo da Flórida (EUA) com destino a uma ilha particular nas Bahamas.
O local, que durante a viagem ganhará o apelido de “Ilha do Safadão”, foi construído artificialmente pela família italiana dona da MSC Cruzeiros. A empresa fornece a estrutura de navios para o WS on Board.
Diariamente, a ilha recebe visitantes de outros cruzeiros que partem de Miami e Orlando, e desembarcam no local para um banho nas águas cristalinas do Caribe.
Mas, no projeto de Safadão, ela abrigará pela primeira vez um evento de música, com estrutura digna de festival. Além de Safadão, Léo Santana, Ludmilla, Zé Neto e Cristiano e o DJ Dubdogz vão se apresentar em shows dentro do navio e na ilha.
O investimento será alto para que tudo saia como o planejado. “Considerando o navio, toda a estrutura da ilha e o investimento em artistas, o custo começa em US$ 5 milhões [mais de R$ 27 milhões]”, calcula Eduardo Cristófaro, dono da PromoAção Eventos, empresa que organiza o WS on Board em parceria com Safadão e a MSC. O cantor brincou com o valor, ao divulgar a novidade:
“A brincadeira não é barata. Se der errado, não quebra, mas trinca.”
O objetivo é proporcionar uma experiência bem diferente da que viralizou em 2017, durante o Fyre Festival. O evento, que também aconteceu em uma ilha nas Bahamas, tinha proposta semelhante: shows exclusivos num ambiente de praia com luxo e ostentação.
Mas o resultado fracassou pela desorganização. Faltou comida, água e o público precisou dormir em tendas improvisadas. Imagens do fiasco se espalharam pela internet e o caso virou tema de dois documentários, que fizeram sucesso em plataformas de streaming em 2019.
No WS on Board, a ideia é concentrar a maior parte da logística na estrutura do navio. “A ilha não é dormitório. Os passageiros irão dormir no navio”, explica Cristófaro.
“Ele para em um farol, os passageiros desembarcam e, lá na ilha, tem tudo que eles precisam: piscinas naturais, quiosques… É como um resort, e a gente ainda vai inventar algumas coisas.”
Os preços por pessoa para aproveitar a experiência começam em cerca de R$ 3.300 (na cabine mais simples, sem janela) e chegam a quase R$ 12 mil (para ficar no espaço mais luxuoso do navio, com piscinas, bares e restaurantes exclusivos). As cabines mais caras já estão esgotadas.
A maior parte dos pacotes têm alimentação incluída, mas bebidas, alcoólicas ou não, são pagas à parte.
“Quando a gente faz um projeto como esse, a última coisa em que a gente pensa é no resultado financeiro. Nosso intuito é fazer com amor. A gente não faz conta”, desconversa Safadão, sobre o faturamento esperado do cruzeiro.
“No dia a dia, a gente já faz tantos shows. Um projeto como esse é para firmar, para consolidar nossa carreira.”
Agenda menor em 2023
O WS on Board Flórida faz parte de um plano de Safadão para reduzir sua agenda de shows a partir do ano que vem. O cantor diz que quer focar em eventos grandiosos, como os cruzeiros e as festas Garota Vip, Bloco Vai Safadão e Weekend WS.
A última, mais um projeto internacional do cantor, estreou em 2021, com três dias de festa em um resort em Cancún, no México.
“Meu público vai passar a me ver menos, mas com mais qualidade”, diz ele.
A viagem de navio e apresentação na ilha das Bahamas em 2023 vão ser registradas para dar origem a um DVD, ainda sem data de lançamento.
Da Redação
Com ClickPB
