EDITORIAL: O grande legado do processo eleitoral de 2022 será a ‘desmoralização’ das religiões no Brasil

Publicado em sexta-feira, outubro 21, 2022 · Comentar 


De uma coisa todo o brasileiro de bom senso tem a plena certeza neste momento: as religiões no Brasil saem do pleito eleitoral de 2022 totalmente desacreditadas, e porque não dizer, desmoralizadas  dado as exposições de escândalos que vão desde a propagação de mentiras, as famosas fake news, a acusações de corrupção desde a menor igreja do menor município brasileiro até a negociação com barras de ouro na esplanada dos ministérios, numa verdadeira escalada da “mercantilização da fé”.

Os pastores evangélicos que deveriam ser de orientadores espirituais, tornaram-se cabos eleitorais de determinados candidatos, negociando a boa fé das pessoas leigas e ingênuas que buscam o templo [ que deveria ser a casa de DEUS] para aliviar suas aflições espirituais sendo forçados a fazer campanha para determinado candidato, tudo em nome de “deus” – esse deus em letra minúscula – contra o diabo.

Enquanto fieis brigam dentro das “igrejas” com troca de acusações de que uns defendem “deus” e outros o diabo, seus lideres se encontram nos palácios negociando apoios financeiros para si e para os seus próximos e familiares.

Mas esse cenário não ocorre apenas nas igrejas evangélicas neopentecostais, como também na mais tradicional igreja cristã, a Católica. Os grupos e pastorais também travam a luta do bem contra o mal,  do “messias contra o camunhão”, embasados nas pautas de costumes, em detrimento do sofrimento do sofrimento do povo que passa fome e da miséria de centenas e porque não dizer, de milhares de pessoas que encontram-se em condições de miserabilidade, nas ruas, calçadas e marquises de grandes e até pequenas cidades desse país.

Apegadas  a essas pautas de costumes (aborto, sexualidade, intolerância religiosa e afins), protestantes e católicos deixam de cumprir aquilo que ensina as sagradas escrituras: “eu tive fome e me deste de comer, tive sede e me deste de beber, fui estrangeiro e me acolheste, necessitei de roupas e me deste de vestir, fui preso e me visitaste, estive enfermo e cuidaste de mim… (Mateus 25:35).

Assim caminha a humanidade, como diz a canção do Lulu Santos nas suas mais sábias palavras: “Ainda vai levar um tempo pra fechar o que feriu por dentro […] tanto pra você quanto pra mim”.

As igrejas, seus pastores e seus fieis irão sentir logo mais a frente o peso, e porque não dizer, o preço dessa guerra sem sentido.

Da Redação 
Editorial/ExpressoPB

 

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