Radicalismo do PT de Mari fecha as portas para Wagner Ribeiro

Publicado em sábado, julho 16, 2022 · Comentar 


O novo comando do PT (Partido dos Trabalhadores) da cidade de Mari, Zona da Mata da Paraíba, tem recebido severas críticas pelo radicalismo como tem se conduzido a legenda no processo político no âmbito municipal.

Na manhã deste sábado (16), o ativista político e ex-filiado a legenda, Wagner Ribeiro, pessoa bastante conhecida em Mari pelo ativismo em defesa do partido e da pré-candidatura do ex-Presidente Lula revelou no Programa Araçá em Debate da Rádio Araçá FM que seu nome teria sido vetado pelo grupo que está no comando do PT atualmente.

“Aqui em Mari não existe ninguém que defenda o Partido dos Trabalhadores, além de mim, acho que Severino Ramos [acho não, tenho certeza], e a companheira Wilma Paulino; e teve um fato bem inusitado  essa semana quando a gente ia participar, quando meu nome foi colocado pra participar do Partido dos Trabalhadores num grupo de whatsaap  que deve ter umas 25 pessoas, 20 pessoas e eles disseram que não aceitaram meu nome, mas eu não to preocupado com isso não…”, revelou Wagner que disse ainda que apenas uma pessoa questionou o veto ao seu nome.

Questionado pelo comunicador Emerson Aluízio quem teria repassado a informação para ele, Wagner se negou a responder, dando a entender ter receio de que a pessoa que o informou venha sofrer retaliações dentro da legenda, já que o próprio Emerson revelou  participar de reuniões e discussões políticas dentro da legenda, mesmo sem ser filiado ao PT.

Mostrando-se de fato influente no partido, Emerson chegou a colocar em dúvida as informações levadas ao ar por Wagner e disse participar do grupo do PT no Whatsaap e não ter visto nenhuma mensagem contra Wagner.

“Vocês estão fazendo do Partido dos Trabalhadores aqui em Mari, eu apoio plenamente, não posso falar que voto porque seria um crime eleitoral numa rádio falar que voto… mas vocês estão vivendo numa ilha da fantasia… as 25 pessoas que quer achar que vai mudar Mari…”, disse Wagner em resposta a Emerson e questionou qual era o parâmetro que eles estavam usando para aceitar a participação das pessoas no PT.

A ala dos chamados “novos convertidos” que estão no comando da legenda tem tratado adversários, divergentes e até simpatizantes com desprezo [ como é o caso de Wagner Ribeiro] e agressões morais a quem pensa diferente do rumo ideológico que eles estão dando a legenda em Mari, mas não só isso, a maneira como eles estão tratando eventuais aliados estratégicos para a eleição 2022, considerada a mais importante do Brasil desde a sua redemocratização.

Dirigentes partidários tem se utilizado da legenda para atacar adversários políticos locais em nome do PT, para satisfazer suas insatisfações pessoais assinando notas de repúdios com ataques a pessoas que divergem de algum de seus dirigentes.

Nesse período de pré-campanha eleitoral,   a direção do partido ainda não se preocupou em reunir lideranças políticas locais de outras legendas que caminham para apoiar a candidatura de Lula para formar uma frente ampla de apoio ao ex-presidente em Mari, como aconteceu em anos anteriores. Tão pouco estão dialogando com essas forças políticas para fortalecer o palanque de Lula e do candidato do ex-presidente na Paraíba.

Pelo que parece  a nova direção do PT de Mari se apegou a discussões menores e picuinhas políticas pontuais com o intuito de transformar a legenda num instrumento de vingança política no mesmo estilo do bolsonarismo nacional.

Enquanto isso, Wagner Ribeiro faz a pré-campanha de Lula por onde passa, mas não pode se filiar ao PT.

Severino do Gás fala em nome do PT

Apesar de não ser mais Presidente da Legenda, o empresário Severino do Gás se pronunciou logo em seguida a participação de Wagner e disse que as filiações partidárias são feitas no site nacional do partido e só a partir de então que o partido local valida a referida filiação.

Severino aconselhou Wagner a fazer a filiação via site e a partir da confirmação do pedido de sua filiação que a direção local deve fazer a discussão.

Mesmo assim, Severino não desmentiu que o nome de Wagner tenha sido vetado na legenda.

Da Redação do ExpressoPB

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