Jovem revela mensagens enviadas pelo namorado no dia em que ele matou o pai dela em farmácia de Goiânia; veja

Publicado em quinta-feira, junho 30, 2022 · Comentar 


Felipe Gabriel Jardim, suspeito de matar sogro João do Rosário Leão em farmácia de Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

A jovem Kênnia Yanka Leão revelou as mensagens que o então namorado, Felipe Gabriel Jardim, enviou para seu celular minutos depois de matar o pai dela, o policial civil aposentado João Leão, de 63 anos, na farmácia em que o idoso era sócio, em Goiânia . O rapaz foi preso na quarta-feira (29).

No dia do crime, na segunda-feira (27), ela disse que ele entrou em contato por mensagem e estava bastante alterado. Kênnia Yanka ofereceu ajuda e chegou a implorar, mas a resposta que recebeu foi o print do boletim de ocorrência que o pai dela havia acabado de fazer na delegacia. Ele fez ameaças e a última mensagem foi a confirmação da morte.

“Matei seu pai. Falei para não acabar com a minha carreira”, escreveu o rapaz.

Felipe Gabriel, suspeito de matar o sogro a tiros, envia mensagem para namorada minutos depois do crime em Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Felipe Gabriel, suspeito de matar o sogro a tiros, envia mensagem para namorada minutos depois do crime em Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Segundo o delegado Rhaniel Almeida, que investiga o caso, o registro do boletim de ocorrência poderia prejudicar o possível ingresso do rapaz na Polícia Militar e isso teria motivado o crime. Ao ser preso na casa de parentes enquanto tentava se esconder da polícia, Felipe Gabriel gritou algumas vezes que o sonho de ser policial tinha acabado.

Kênnia Yanka revelou ainda que teme a saída dele da prisão. “Como a Justiça dá o direito de ele ter um habeas corpus, esperar a decisão do juiz solto, no caso, ele vai ficar solto e eu vou ficar presa. Todo mundo viu a raiva que ele estava, o ódio no olhar dele. Ele não expressava arrependimento”, desabafou a jovem.

Kênnia Yanka mostra mensagem enviada pelo então namorado, Felipe Gabriel Jardim, logo após matar o pai em farmácia de Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Kênnia Yanka mostra mensagem enviada pelo então namorado, Felipe Gabriel Jardim, logo após matar o pai em farmácia de Goiânia, Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O casal namorou por um ano. No início, o relacionamento era bom, mas meses depois Felipe Gabriel teria mudado e se revelado uma pessoa agressiva, segundo ela.

“Me xingava, me agredia, mas nunca achei que seria capaz de matar. Se eu olhasse para o lado, ele achava que eu estava olhando para alguém e começava uma discussão. Em qualquer lugar que fosse, ele começava a me humilhar, puxar pelo braço e era abusivo”, contou Kênia Yanka.

Ligações

O delegado disse que, após o crime, Felipe fez, pelo menos, duas ligações. A primeira foi para avisar a namorada que tinha matado o pai dela. A segunda, para o policial militar que acessou o boletim de ocorrências contra o jovem e repassou as informações a ele.

“Esse policial não sabia das intenções do Felipe e ficou surpreso quando recebeu a ligação dele dizendo que tinha matado o sogro”, disse Almeida.

Polícia prende Felipe Gabriel Jardim Gonçalves, investigado por matar o pai da namorada em farmácia de Goiânia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Polícia prende Felipe Gabriel Jardim Gonçalves, investigado por matar o pai da namorada em farmácia de Goiânia — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O soldado se apresentou espontaneamente à delegacia e admitiu ter enviado o boletim de ocorrência ao investigado. Ele disse que tem uma “relação de amizade” com o Felipe Gabriel, mas que não sabia o motivo pelo qual ele queria o documento.

Segundo o delegado, o soldado pode responder por crime de violação de sigilo funcional, bem como na Corregedoria da Polícia Militar.

João do Rosário Leão morreu após ser baleado em uma farmácia de Goiânia, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

João do Rosário Leão morreu após ser baleado em uma farmácia de Goiânia, Goiás — Foto: Divulgação/Polícia Civil

Sempre armado

O investigado tinha registro como atirador esportivo, podendo usar a arma apenas em situações específicas. Porém, testemunhas contaram que ele se apresentava como policial, às vezes militar e às vezes penal, estando constantemente armado e fazia disparos várias vezes.

“A gente soube, no entanto, que ele usava essa arma frequentemente, sacando em discussões com a namorada, em brigas de trânsito”, disse o delegado.

Da Redação do ExpressoPB
Com G1

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