POLÊMICA
Se teve algum momento que o Fluminense conseguiu ficar mais tempo com a bola foi no início do primeiro tempo. No momento de alguma pressão, aos sete minutos, após falta cobrada na área, a zaga do Olimpia afastou mal e David Braz apareceu sozinho na área, dominou no peito e bateu para o gol. O árbitro Roberto Tobar, porém, anulou afirmando que a bola bateu no braço do zagueiro. Vale lembrar que não há VAR nesta fase da competição, entrando apenas a partir das oitavas de final.
MONÓLOGO
A partir disso, praticamente só o Olimpia jogou. O Fluminense deu a bola para o adversário e apostou na força defensiva para tentar manter o resultado. Se a bola aérea assustou o Tricolor no Rio de Janeiro, foi assim mesmo que os paraguaios deram sustos. Fábio chegou a fazer duas boas defesas antes de, enfim, dar certo para os donos da casa. Aos 35 minutos, Silva apareceu nas costas de Cristiano após bola alçada, cabeceou para o meio e Racalde subiu sozinho para abrir o placar.
DIFICULDADES
Com uma boa vantagem após o 3 a 1 em casa, o Fluminense teve a clara estratégia de esperar o adversário e sair no contra-ataque. Na prática, porém, o que se viu foi um time extremamente ineficiente na saída de bola. Erros de passe, decisões equivocadas e falta de criatividade marcaram as tentativas do Flu de chegar perto da área adversária.
O cenário do segundo tempo foi igual ao do primeiro. O Olimpia ficava com a bola e ia pressionando o Fluminense, que seguiu com dificuldades de sair com a bola e exagerando nos erros de passe para tentar armar os contra-ataques. Abel Braga tentou mexer, colocando Willian na vaga de Luiz Henrique, muito mal e aparentemente sem estar 100% após a pancada no jogo de ida, e Gabriel Teixeira no lugar de Jhon Arias, que sentiu. No primeiro lance de Biel, Willian roubou no meio e lançou o jovem, que chutou em cima do goleiro Olveira. Uma chance claríssima.
DRAMA
O Fluminense melhorou com a entrada de Willian e começou a tirar um pouco do ritmo frenético do jogo. Os paraguaios fizeram muitas faltas e o Tricolor se aproveitou disso para tentar fazer o tempo passar. Mas o cenário, que já era difícil, ganhou tons de dramaticidade nos minutos finais. Aos 34 minutos, Nino sofreu uma falta no campo de defesa e o árbitro deu a vantagem. Na sequência, o zagueiro errou o passe e Paiva saiu de cara com Fábio. Nino, então, fez a falta antes da área e acabou expulso por ser o último homem.
HAJA CORAÇÃO
De tanto chamar, o Fluminense sofreu o segundo gol. Aos 43 minutos e já cheio de atacantes, o Olimpia seguiu indo para cima e marcou. Após bola levantada na área, Fábio defendeu, mas Walter González aproveitou a sobra para bater cruzado. Paiva se jogou na bola e balançou a rede para levar o jogo aos pênaltis. David Braz ainda tirou uma bola quase em cima da linha nos acréscimos.
PÊNALTIS
Nas penalidades, Willian Bigode e Felipe Melo perderam as primeiras cobranças. André até marcou o dele, mas Fábio não conseguiu defender os chutes de Quintana, Camacho, Ortiz e Derlis González. Assim, o Olimpia se classificou para a fase de grupos da Libertadores.
FICHA TÉCNICA:
OLIMPIA (PAR) 2 (4) X (1) 0 FLUMINENSE
Data/Hora: 16/03/2022, às 21h30
Local: Estádio Defensores del Chaco, Assunção (PAR)
Árbitro: Roberto Tobar (CHI)
Assistentes: Cristian Schimann (CHI) e Claudio Rios (CHI)
Gols: Recalde (35’/1ºT) (1-0), Paiva (43’/2ºT) (2-0)
Cartões amarelos: Fernando Cardozo, Ortiz, Olveira, Marcos Gómez, Salcedo (OLI), David Braz, Cristiano (FLU)
Cartões vermelhos: Nino (FLU)
OLIMPIA: Olveira; Otalvaro, Salcedo, Alcaraz, Gamarra (Walter González – 38’/2ºT); Alejandro Silva (Paiva – 8’/2ºT), Ortiz, Gomez (Luis Zárate – 38’/2ºT), Cardozo (Quintana – 38’/2ºT); Derlis González, Recalde (Camacho – 26’/2ºT). Técnico: Júlio Cáceres.
FLUMINENSE: Fábio; Nino, Felipe Melo e David Braz; Calegari (Pineida – 42’/2ºT), André, Martinelli e Cristiano; Luiz Henrique (Willian – 16’/2ºT), Arias (Gabriel Teixeira – 19’/2ºT) e Cano (Luccas Claro – 42’/2ºT). Técnico: Abel Braga.