Marcia Lucena fala de sua ‘via crucis’ na Calvário e revela bastidores do poder de João no governo RC: “era chamado de primeiro ministro”

Publicado em quarta-feira, março 2, 2022 · Comentar 


A ex-prefeita de Conde, Marcia Lucena, concedeu entrevista ao Programa Liberdade de Expressão na última sexta-feira (25/02) na Rádio Araçá FM de Mari, via telefone, onde na oportunidade tratou de diversos temas relacionados a participação da mulher na política, sua filiação ao PT, sua ‘via crucis’ na operação Calvário e os bastidores do governo Ricardo Coutinho, do qual ela fez parte como secretária de estado da Educação, dentre outras funções.

Márcia foi enfática ao defender a participação das mulheres nos espaços de poder, mas fez uma ressalva:  “não é o fato de ser mulher que a gente carrega com a gente o que é necessário ser levado por uma mulher quando está em um espaço de poder, na liderança política”, argumentou e citou o exemplo da ex-prefeita e da atual prefeita de Conde, que na sua avaliação,  estão na política e se comportam de forma masculina na sua forma de fazer gestão.

“E qual é essa forma masculina? As vezes parece até meio esquisito, a gente falar assim, como se todos os homens tivessem esse tipo de defeito, vamos dizer assim, mas não é personalizando a política é simplesmente dizendo que a política historicamente é um espaço masculino e com práticas viciadas, acomodadas[…]”, esclareceu.

A ex-prefeita de Conde falou das ações de sua gestão com destaque para a participação popular, onde ela ia para os bairros as terças e quintas a noite conversar com o povo, explicando os tramites da gestão, com a reativação dos conselhos, a criação da lei de gestão compartilhada, dentre outros mecanismos de acesso a informações e participação do povo.

Durante sua entrevista, Marcia Lucena disse não se sentir incomodada em tratar sobre a Operação Calvário e disse que até a presente data nunca foi convocada para prestar depoimento das ações que o MP lhe acusa.

A operação atrapalhou sua reeleição, já que durante toda a campanha ficou usando tornozeleira eletrônica, impossibilitada de sair as ruas a noite enquanto isso seus adversários exploravam o assunto e ficaram livres para agir e fazer um derrame de dinheiro que levou a cassação da atual prefeita.

A ex-prefeita disse que o Ministério Público da Paraíba a acusa de ter assinado um contrato com uma OS enquanto esteve a frente da Secretaria de Educação do Estado de 2011 a 2014, mas que a referida pasta só iniciou o processo de contratação de OS em 2017, quando ela já não estava mais no comando da pasta.

Marcia disse que até o presente momento nada foi provado contra ela e que os prejuízos morais e pessoais sofridos por ela são incalculáveis.

Sobre o governador João Azevedo, a professora Marcia disse se sentir frustrada por ver os rumos que ele tomou e levou o governo que a muitas mãos foi construído e revelou que enquanto secretário de Ricardo, o seu colega João era bastante prestigiado, ao ponto de ser tratado como “primeiro ministro”.

“Eu via o meu colega enquanto secretário altamente prestigiado, eu via ele ser tratado entre nós de ministro pela atenção que o governador lhe dava, que Ricardo Coutinho tinha com ele, era chamado de primeiro ministro, então eu tinha certeza que esse projeto que fez tanto bem a Paraíba, ia adiante e o que me frustra é as pessoas pensarem em si e abrirem mão de uma construção coletiva,”, disse.

Marcia Lucena disse que vai continuar na política e deve concorrer a uma das 36 vagas na Assembleia Legislativa e defendeu a pré-candidatura de Veneziano Vital para o governo do Estado e Ricardo Coutinho para o Senado Federal e assegurou: “essa é a chapa do Presidente Lula na Paraíba”.

Da Redação 
Do ExpressoPB

 

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