Empresas de familiares de ex-presidente da FPF, Rosilene Gomes, são alvos do GAECO na “Operação Feira de Mangaio”

Publicado em quarta-feira, fevereiro 23, 2022 · Comentar 


Pelo menos duas empresas alvos da “Operação Feira de Mangaio”, desencadeada nesta quarta-feira (23), pertencem a familiares da ex-presidente da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Rosilene Gomes, que ficou bastante conhecida no ‘meio’ do esporte paraibano. São elas: a Meta Comércio e Serviços Eireli e a HML Comercial LTDA (mais conhecida por O Rei dos Esportes).

No início desta manhã, a equipe, que participa da Operação, levou um chaveiro para abrir a loja “O Rei dos Esportes” que fica na Avenida Josefa Taveira, no bairro de Mangabeira, na capital paraibana. Essa ação conta com a presença do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco), Controladoria Geral da União (CGU), o Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz).

A Meta Comércio e Serviços tem como dono Douglas Bernardo Azevedo que já teria sido, de acordo com investigação, funcionário de “O Rei dos Esportes”. Além disso, já foi candidato a vereador em 2016 na cidade de Cabedelo, conforme apurou o ClickPB. Na época, Douglas Bernardo lançou candidatura a vereador pelo PMDB, atual MDB, e conseguiu o total de 359 votos, ficando na suplência da Câmara Municipal de Cabedelo.

De acordo com as investigações, Douglas de Araújo Gomes, alvo de um dos mandados desta Operação, é filho de Rosilene Gomes e seria um dos representantes também da Meta Comércio e Serviços. Enquanto a outra empresa, O Rei dos Esportes, consta como uma das sócias, Gisele Araújo Gomes, que vem a ser a nora de Rosilene Gomes. Ao todo estão sendo cumpridos oito mandados de busca e apreensão nas cidades de João Pessoa e Cabedelo.

Ainda segundo informações da CGU, os trabalhos foram iniciados a partir de solicitação do Gaeco/MPPB, sendo realizado levantamento de dados, obtenção de documentos junto ao portal eletrônico do TCE-PB e de outras pesquisas desenvolvidas em fontes abertas.

As investigações resultaram na constatação da ocorrência de fraudes em licitações realizadas por municípios paraibanos, principalmente relativas à formação de conluio entre empresas supostamente concorrentes, frustrando o caráter competitivo dos certames, assim como utilização de empresas cujos sócios possuem características de serem interpostas pessoas (“laranjas”).

Essa Operação conta com a participação de cinco promotores de Justiça do MPPB, cinco auditores da CGU, cinco auditores do TCE/PB, oito auditores da Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ/PB) e de 66 policiais civis e militares.

O Portal ClickPB disponibiliza o endereço de e-mail redacao@clickpb.com.br para receber posicionamento de cada um dos denunciados, possibilitando, assim, a divulgação de todas as versões dos citados.

Da redação/ Com Click PB

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