O presidente Jair Bolsonaro (PL) viaja nesta segunda-feira (14) para Moscou, onde encontrará o presidente russo Vladimir Putin e empresários. A ida do mandatário brasileiro ocorre em meio à atual tensão militar na fronteira entre Rússia e Ucrânia.
Bolsonaro chegou a ser orientado a cancelar ou adiar a ida à Rússia, mas decidiu ignorar os alertas e manteve a agenda política. Ele ficará em Moscou até quinta-feira (17), mesmo dia em que também visitará a Hungria para conversar com o primeiro-ministro Viktor Orbán.
As autoridades russas impuseram a Bolsonaro e à comitiva brasileira que façam até 5 testes do tipo RT-PCR para detecção do vírus da covid-19. Um deles seria realizado entre três e quatro horas antes da agenda
O país que receberá o presidente brasileiro está no meio da maior crise diplomática internacional em curso. O principal ponto de disputa está na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), da qual a Rússia deseja que o Ocidente prometa que a Ucrânia não fará parte.
Em uma conversa de uma hora por telefone no último fim de semana, o presidente dos EUA, Joe Biden, ameaçou o russo de impor “rápidas e severas sanções” ao país em caso de invasão da Ucrânia. Outros países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), como a França, também acompanham de perto a eminência de um confronto.
Bolsonaro justifica sua viagem à Rússia como uma oportunidade para “estreitar laços diplomáticos e comerciais” com o país. A visita começou a ser planejada em dezembro do ano passado. Segundo o mandatário brasileiro, o convite partiu de Putin. O chefe do Planalto tem evitado tomar partido na crise entre a Rússia e o Ocidente.
“O Brasil depende de grande parte de fertilizantes da Rússia. Levaremos um grupo de ministros também para tratarmos de outros assuntos”, disse o presidente no último sábado (12).
Da redação/ Com Diário do Nordeste