Bolsonaro no PL cria atritos no Nordeste e ignora pré-candidatura o Senado do filho de Wellington Roberto

Publicado em terça-feira, novembro 9, 2021 · Comentar 


Um fato que deve dominar a política paraibana e nacional nesta terça-feira (09), é a possível filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL, que segundo a imprensa nacional terá potencial de alavancar candidaturas majoritárias do partido em estados do Sul, mas deve gerar atritos em diretórios estaduais no Norte e Nordeste.

Bolsonaro disse nesta segunda-feira (8) à CNN Brasil que está “99% fechado” para se filiar ao PL. O partido é comandado por Valdemar Costa Neto, antigo aliado do PT, condenado e preso no esquema do mensalão. Na Paraíba, apesar do presidente estadual do PL o deputado federal Wellington Roberto, ter dito que recebeu “com alegria” o anúncio da filiação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) à legenda. Bolsonaro em entrevista a imprensa nacional ignorou a Paraíba, o deputado e seu filho Bruno Roberto que é pré-candidato ao Senado pelo PL. “É uma honra para o partido recebê-lo. Como líder do partido que sou, posso dizer da nossa alegria em receber o presidente e outras pessoas que fazem parte da estrutura do governo”, disse Wellington, destacando que a cerimônia que marcará a chegada do chefe do executivo à sigla acontecerá no dia 22 de novembro. Ainda é cogitado pela imprensa, a possibilidade de disputa ao Governo do Estado ou ao Senado, do atual Ministro da Saúde o paraibano Marcelo Queiroga (sem partido).

O presidente ainda afirmou que na quarta-feira (10) terá reunião para tratar dos últimos detalhes com Valdemar e, em seguida, “marcar a data do casamento”. A expectativa é que a filiação seja marcada para o dia 22 de novembro, data que coincide com o número da sigla. Conforme apontado pela Folha neste domingo (7), a chegada do presidente ao partido enfrenta resistência no Amazonas, no Piauí e em Alagoas. E tem potencial para gerar atritos em estados como São Paulo e Pará.

Segundo matéria da Folha, Se há incêndios para serem debelados em estados do Norte e Nordeste, a chegada do presidente tende a fortalecer pré-candidaturas a governos estaduais do partido, especialmente em estados do Sul. Em Santa Catarina, um dos principais redutos do presidente, o senador Jorginho Mello será candidato ao governo pelo PL em uma chapa que pode incluir o empresário Luciano Hang ou o secretário nacional da Pesca, Jorge Seif Júnior, como potenciais candidatos ao Senado.

Em Pernambuco, o nome do partido para o governo é o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira. A sigla, contudo, selou uma aliança com Cidadania, PSC e PSDB, o que tende a dificultar a montagem de um palanque 100% bolsonarista com a candidatura ao Senado do ministro do Turismo, Gilson Machado Neto. Por outro lado, potenciais candidatos ao Senado podem ganhar força em outros estados, caso do ex-senador Magno Malta (PL) que tentará retomar o mandato depois de ser derrotado em 2018.

Também ganha tração o nome da ministra Flávia Arruda (PL) para concorrer ao Senado pelo Distrito Federal. Mulher do ex-governador José Roberto Arruda, ela deve fechar uma aliança com o governador Ibaneis Rocha (MDB).

Em Mato Grosso, o senador Wellington Fagundes (PL) passa a ter um forte cabo eleitoral em sua tentativa de reeleição. A escolha, contudo, isola o deputado federal bolsonarista José Medeiros (Podemos), que também pretende concorrer ao Senado.

Da redação/ Com PB Agora

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