Polícia investiga se mulher forjou câncer e até raspou a cabeça por doações que somam R$ 50 mil

Publicado em domingo, agosto 22, 2021 · Comentar 


A Polícia Civil investiga uma mulher que teria forjado ter câncer e conseguiu que as pessoas dessem dinheiro a ela para ajudar a custear o suposto tratamento. Segundo as investigações, ela falsificou atestados e raspou a cabeça para simular que estava sofrendo de câncer, com a cumplicidade do marido.

As vítimas estimam que Else tenha recebido cerca de R$ 50 mil com as doações. Com o dinheiro, ela e o marido se hospedaram em um hotel por mais de cinco meses, no Centro do Rio. Eles alegavam que precisavam estar perto do Instituto Nacional do Câncer (Inca), para qualquer emergência.

O pedido de ajuda

Em um vídeo publicado em uma rede social, Else Kirschner Iglesias afirma que está com câncer terminal e pede doações para o tratamento: “Eu preciso mesmo de doações, de dinheiro, arrecadações, porque eu tenho que fazer os tratamentos, tem os remédios. Preciso fazer os tratamentos, exames que são caros”.

Pessoas que contribuíram contam que, em janeiro, ela esteve na quadra da escola Império Serrano, onde acontece uma grande feira aos sábados. Com a aparência bem debilitada, ela afirmou que precisava de dinheiro e encontrou um grupo de mulheres dispostas a ajudá-la.

“Aqui na feira a gente ofereceu uma isenção e ela começou a trabalhar aqui com a gente”, disse Renata Mendes, organizadora de eventos.

A Polícia Civil investiga uma mulher que teria forjado ter câncer e conseguiu que as pessoas dessem dinheiro a ela para ajudar a custear o suposto tratamento. Segundo as investigações, ela falsificou atestados e raspou a cabeça para simular que estava sofrendo de câncer, com a cumplicidade do marido.

As vítimas estimam que Else tenha recebido cerca de R$ 50 mil com as doações. Com o dinheiro, ela e o marido se hospedaram em um hotel por mais de cinco meses, no Centro do Rio. Eles alegavam que precisavam estar perto do Instituto Nacional do Câncer (Inca), para qualquer emergência.

O pedido de ajuda

Em um vídeo publicado em uma rede social, Else Kirschner Iglesias afirma que está com câncer terminal e pede doações para o tratamento: “Eu preciso mesmo de doações, de dinheiro, arrecadações, porque eu tenho que fazer os tratamentos, tem os remédios. Preciso fazer os tratamentos, exames que são caros”.

Pessoas que contribuíram contam que, em janeiro, ela esteve na quadra da escola Império Serrano, onde acontece uma grande feira aos sábados. Com a aparência bem debilitada, ela afirmou que precisava de dinheiro e encontrou um grupo de mulheres dispostas a ajudá-la.

“Aqui na feira a gente ofereceu uma isenção e ela começou a trabalhar aqui com a gente”, disse Renata Mendes, organizadora de eventos.

“E, nessa situação, eu acabei envolvendo vários professores e, numa vaquinha virtual, conseguimos transferir estes valores para ela, totalizando de R$ 5 mil a R$ 6 mil“, afirmou Jussara.

Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento disse que Else teve vínculo estatutário com o município do Rio, mas foi aposentada por invalidez em 2018 — Foto: Reprodução/ TV Globo

Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento disse que Else teve vínculo estatutário com o município do Rio, mas foi aposentada por invalidez em 2018 — Foto: Reprodução/ TV Globo

Investigações

O casal foi localizado pela Polícia Civil e levado para a delegacia.

“A 41ªDP está investigando e já tomou o depoimento do casal e está ouvindo outras testemunhas, além de ouvir o médico autor da denúncia”, afirmou o delegado Reginaldo Guilherme da Silva.

Em depoimento, o casal afirmou que não apresentou um laudo falso, mas admite que se aproveitou do dinheiro da vaquinha. Eles também disseram que Else está doente, mas não apresentaram nenhum documento que confirme isso.

A clínica América’s Oncologia informou que Else Kirschner Iglesias não é paciente na instituição e, em relação ao atestado médico apresentado por ela, está acompanhando o caso para tomar medidas legais.

A Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento disse que Else teve vínculo estatutário com o município do Rio, mas foi aposentada por invalidez em 2018. Segundo a pasta, o motivo da aposentadoria é resguardado por sigilo médico. No entanto, o motivo da invalidez não guarda relação com a patologia citada na denúncia.

Da Redação 
Com G1

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