Mulheres participam de marcha em Quito, no Equador, em outubro de 2019 — Foto: Daniel Tapia/Reuters
As pesquisas indicam leve favoritismo para Arauz, que tentará dar um novo rosto à esquerda saudosa do período de Rafael Correa (2007-2017) para superar as crises do país. Do outro lado, Lasso concorrerá pela terceira vez consecutiva tentando modular o discurso de austeridade com promessas de maiores ganhos reais nos salários dos equatorianos. O líder indigenista Yaku Pérez corre por fora (veja mais no fim da reportagem sobre os candidatos a presidente do Equador).
Ao todo, são 16 candidatos. O atual presidente, Lenín Moreno, decidiu não tentar a reeleição após ficar isolado politicamente diante das crises políticas. Mesmo a candidata de seu partido, Ximena Peña, com poucas chances de vitória, se afastou de Moreno.
Para se eleger em primeiro turno, o candidato precisa obter a maioria absoluta dos votos (50% + 1) ou conseguir mais de 40% e uma diferença de 10 pontos percentuais ao segundo colocado. O segundo turno está marcado para 11 de abril. Pelas pesquisas, é difícil que a presidência equatoriana se defina logo neste domingo.
Os equatorianos também estão atentos para a eleição parlamentar, que ocorre juntamente com o voto presidencial. Serão eleitos 137 novos integrantes da Assembleia Nacional. Ainda não está claro como ficará a nova configuração do parlamento, mas os presidenciáveis estão certos de que, quem vencer encontrará um Congresso fragmentado, com dificuldade para se formar uma maioria.
Da redação/ Com G1