Ao menos oito festas clandestinas estão programadas para ocorrer na última noite do ano, em diferentes pontos do Distrito Federal. Sexo fácil e drogas à vontade fazem parte do cardápio dos eventos ilegais, que acontecem em locais cada vez mais isolados e desafiam as autoridades em meio à segunda onda provocada pelo novo coronavírus.
O Metrópoles levantou informações sobre algumas das principais comemorações que tentam driblar a fiscalização e as forças policiais no Réveillon.
Os organizadores escolheram casas alugadas em ruas pouco movimentadas ou chácaras em zonas rurais de regiões administrativas como Planaltina, Sobradinho, Ceilândia, Santa Maria, Gama, Samambaia e, principalmente, Brazlândia.
Pulseiras são vendidas em grupos restritos de WhatsApp. Copos para consumo de bebida alcóolica e drogas sintéticas, como ecstasy, LSD e lança-perfume, também são comercializados nesses grupos.
Os traficantes fizeram uma espécie de “promoção” de final de ano, na qual é possível comprar 50 unidades de ecstasy de 200 mg por R$ 11 o comprimido.
Ainda é oferecido para um frequentador da festa o “MDMA suíço”. A sigla resume o nome metilenodioximetanfetamina, popularmente conhecido como ecstasy.
No “menu”, há variações da droga, que foi apelidada de Moranguinho, Warner Bros, Superman e Red Bull, cada uma com seu respectivo valor.
Veja:
Uma das festas clandestinas programadas para ocorrer na noite de Réveillon promete 48 horas de comemoração regadas a álcool e música eletrônica, em uma chácara de Ceilândia.
Divulgado nas redes sociais, o evento está marcado para começar às 22h da noite de 31 de dezembro. “Vamos fazer um dos maiores Réveillons de Brasília. Preparamos uma super produção com ambiente cenográfico, palcos babados, duas pista pop, funk e house, com espetáculos e apresentações”, dizem os organizadores.
Para o dia 1° de janeiro, é prometida uma “festa na piscina” para os convidados. Com open bar e open food, a organização do evento não cita, em momento algum, a necessidade de manter o distanciamento social e o uso obrigatório de máscara.
Procurada pelo Metrópoles, a Secretaria DF Legal informou que, por lei, não pode multar responsáveis por eventos. “Entretanto, sabendo da irregularidade, envia equipes ao local e passa a monitorá-lo. Reincidindo, o infrator pode acabar multado, entre outras sanções”, aponta a pasta.
Para driblar a fiscalização e a Polícia Militar, geralmente acionada para dar apoio ao fechamento das festas clandestinas, os organizadores evitam repassar ou postar nas redes sociais – até mesmo nos grupos fechados – a localização das celebração. O endereço se mantém em sigilo até poucas horas antes de o agito começar.
Da Redação
Com Metropoles