O velório do corpo de Diego Maradona, morto ontem aos 60 anos, começou com um princípio de tumulto na Casa Rosada, sede do governo argentino na capital Buenos Aires. A autópsia preliminar do ex-jogador apontou morte por insuficiência cardíaca aguda.
Houve empurra-empurra no momento da abertura das portas do local, com confusão entre fãs do ex-jogador e alguns policiais – que chegaram a se esconder na casa do governo. O jornal Olé afirmou que uma pessoa ficou ferida. Em meio à pandemia do coronavírus, aglomerações também foram registradas, mas a situação se normalizou minutos depois.
O caixão do ex-jogador está fechado, coberto com uma bandeira da Argentina e duas camisas: uma do Boca Juniors, clube onde ele é ídolo, e uma da seleção nacional.
Os torcedores que encararam longas filas passam rapidamente pelo salão e podem deixar acessórios (como camisas, bandeiras e papéis) ao lado do caixão. Eles podem se despedir de Maradona até as 16h de hoje.
A previsão é de que mais de um milhão de pessoas se dirija ao local até sábado, como havia sido anunciado pelo governo do país, mas o velório foi reduzido a pedido da família. O presidente da Argentina, Alberto Fernández, decretou luto oficial de três dias.
A realização da cerimônia na sede do governo é considerada uma grande honraria na Argentina. A última personalidade a ser velada no local foi o ex-presidente Néstor Kirchner, em 2010.
Os companheiros de Maradona na seleção campeã do Mundo em 1986 já tiveram um momento a sós com ‘El Diez’.
Maradona morreu após sofrer uma parada cardiorrespiratória em sua residência, em Tigre, cidade vizinha de Buenos Aires. O laudo preliminar da autópsia realizada ontem (25) apontou um quadro de insuficiência cardíaca aguda. A análise definitiva será divulgada em até 48 horas.
A saúde do craque argentino já estava precária desde o início do mês, quando ele foi operado de um hematoma subdural e depois, por decisão familiar e médica, permaneceu hospitalizado devido a uma “baixa anímica, anemia e desidratação” e um quadro de abstinência devido ao vício em álcool.
O ex-jogador chegou a ter alta há duas semanas e passou seus últimos dias em casa, acompanhado de enfermeiras 24 horas por dia.
Antes dos problemas de saúde, o campeão mundial trabalhava como técnico do Gimnasia y Esgrima, de La Plata.
Da redação/ Com UOL