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Um novo áudio de uma conversa entre o ex-governador Ricardo Coutinho e o ex-dirigente da Cruz Vermelha do Brasil, Daniel Gomes, delator na Operação Calvário, acaba de vazar na manhã desta quinta-feira (09) e domina o noticiário político da Paraíba.
O novo áudio vazado levantou uma série de questionamentos e contradições, se comparado com a gravação exibida no programa Fantástico da TV Globo no dia 22 de novembro do ano passado.
Sem entrar no mérito das gravações, propriamente, mas levando em consideração a palavra de um delator, é possível observar no mínimo uma grande contradição entre o áudio vazado pelo site Click PB (veja aqui) e a gravação do depoimento de Daniel Gomes naquela reportagem da tv global.
Em trecho do atual vazamento Daniel teria afirmado: “é claro que torço muito que João ganhe. Eu nem conheço o João. Não tenho relação com ele. Primeiro minha relação é consigo (sic), mas efetivamente vamos ajudar no que puder ajudar”.
Essa afirmação do delator contradiz literalmente o depoimento exibido no dia 22 de novembro durante reportagem do Fantástico. Naquela ocasião Daniel foi categórico ao afirmar em depoimento aos procuradores: “Começou na saúde e funcionou depois na educação.Eu quero expandir. Tô precisando de ajuda pra campanha.”, disse em um dos trechos.
O delator foi questionado por um de seus interrogadores: “Esse pedido é feito pelo próprio João Azevedo?”; em seguida Daniel Gomes responde: “Pelo próprio João”.
Esse trecho do depoimento de Daniel Gomes pode ser visto no vídeo da reportagem exibida pela TV Globo que reproduzimos abaixo, mas precisamente a partir dos 6 minutos e 22 segundos:
Partindo do pressuposto de que um investigado ao aceitar ser delator pretende se livrar de determinada condenação é necessário esclarecer de todos os modos os fatos para que não paire dúvidas sobre a verdade destes.
Surge então os seguintes questionamentos: afinal de contas, o “empresário” Daniel Gomes esteve ou não esteve com João Azevedo? Conhece ou não conhece o governador? em qual de suas falas está retratando a verdade?
Com a palavra quem de direito.
Da Redação
Do ExpressoPB
