Em Cabedelo: Delator revela que presenciou 1º pagamento a Luceninha e MP denuncia sete pessoas

Publicado em quinta-feira, setembro 27, 2018 · Comentar 


Os desdobramentos da Operação Xeque-Mate que desbaratou uma quadrilha que saqueou os cofres públicos na cidade portuária de Cabedelo ganhou novo capítulo nesta quinta-feira (27).

No âmbito da CPI que está em andamento na Câmara Municipal, o delator Lucas Santino afirmou que presenciou o primeiro pagamento da compra do mandato de Luceninha, que permitiu a ascensão de Leto Viana, ao posto de prefeito. 

Santino é ex-presidente da Câmara,  e passou a colaborar com as investigações após ser pego em um esquema de corrupção no poder legislativo, daí decidiu abrir o jogo.

O delator confirmou ter sido testemunha do primeiro pagamento ao então prefeito e deu outros detalhes, sem revelar os valores movimentados nessa operação.

A audiência só tornou pública graças a uma ordem do STF (Supremo Tribunal Federal), que obrigou a câmara de Cabedelo a tornar  os trabalhos públicos. 

Denúncia do MP – No âmbito do Ministério Público, sete pessoas foram denunciadas como sequência da Operação “Xeque-Mate”, deflagrada em abril com o propósito de investigar o crime de mandato eletivo do então prefeito Luceninha.

Além de Luceninha, cujo nome é José Maria de Lucena Filho, constam da lista Leto Viana, prefeito afastado e preso desde abril; o empresário Roberto Santiago, pela primeira vez entre os denunciados; também o radialista Fabiano Gomes.

Completam a relação dos denunciados Lucas Santino, ex-vereador e delator do esquema criminoso; Olívio Oliveira e Fabricio Magno Marques, os dois últimos ex-secretários de Comunicação de Cabedelo.

Segundo informações repassadas pela assessoria do MPPB, os denunciados teriam tirado “proveito econômico de forma direta ou indireta, causando um prejuízo de aproximadamente R$ 5,3 milhões”.

Por isso, o documento pede as sanções de “perda dos bens ou valores acrescidos ilicitamente”, “perda da função pública”, “suspensão dos direitos políticos por 8 anos”, “pagamento de multa civil”, entre outras.

Pede mais: “ressarcimento integral do dano”, ficando o valor da causa estimada em R$ 80,6 milhões.  

Da Redação 
Do ExpressoPB/Informações de Marconi Ferreira

 

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