A direção da Penitenciária Estadual de Parnamirim confirmou na manhã desta quinta-feira (25) a fuga de detentos através de um buraco escavado sob o muro. Ainda não se sabe a quantidade de presos que conseguiu escapar. Oito foram recapturados nas imediações da unidade.
A Polícia Militar foi acionada por volta das 4h e reforça a segurança ao redor do presídio. Segundo Adailton Pessoa, diretor da PEP, somente após a recontagem será possível afirmar o número de detentos que conseguiu escapar.
A PM informou que, pelo menos dois veículos deram apoio resgatando os presos. Os fugitivos também trocaram de roupa para dificultar a identificação. No estado, o sistema penitenciário adotou camisa branca e bermuda azul como uniforme padrão dos presos.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), todas as torres de vigilância no entorno da penitenciária estavam ocupadas durante a fuga. Inclusive, a Sesed acrescenta que foi um dos guariteiros quem percebeu a movimentação, fez disparos de advertência e evitou que a debandada fosse maior.
No dia 7 de janeiro, 14 presos escaparam da unidade. Segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) os detentos escaparam usando um túnel.
Apesar de a direção da Penitenciária Estadual de Parnamirim ainda não confirmar a quantidade exata de fugitivos, policiais militares estimam que mais de 50 detentos teriam escapado.
No Rio Grande do Norte, a maior fuga já registrada no sistema penitenciário, aconteceu em janeiro deste ano durante as rebeliões de Alcaçuz. Segundo a Sejuc, 56 detentos fugiram na ocasião. Durante os motins, pelo menos 26 detentos foram assassinados durante um confronto envolvendo membros de duas facções rivais.
Penitenciária Estadual de Parnamirim, no RN (Foto: Ricardo Araújo/G1)
A PM paraibana já montou vários pontos de bloqueio nas cidades e intensificou as abordagens em veículos que vêm do estado vizinho, já que, segundo a direção do presídio, pelo menos dois veículos deram apoio resgatando os presos. O Serviço de Inteligência também está atuando para colher informações sobre a presença de pessoas suspeitas nos municípios.
O comando da Polícia Militar enviou as tropas especiais para apoiar as ações nas divisas, inclusive com o Grupamento Especializado de Operações em Área de Caatinga (GEOsAC) pronto para realizar buscas em áreas de vegetação que possam ser usadas como rota de fuga. O mesmo esquema de segurança foi adotado todas as vezes em que foram registradas fugas ou rebeliões nos presídios dos estados vizinhos.
G1/Secom-PB