Um pai de 36 anos, Flávio Coelho de Assis, que se acorrentou em uma praça pública na cidade de Uiraúna, no Sertão paraibano, em maio desse ano, voltou a chamar a atenção, nesta quinta-feira (06), ao usar as redes sociais para demonstrar a preocupação com o teto que limita os gastos com a saúde e que será apreciado pelo Congresso Nacional nos próximos dias.
Ele disse que recebe apenas um salário mínimo e um dos leites que a filha ingere custa quase o dobro. Além disso, ele também precisa comprar uma série de medicamentos para poder manter a filha viva. Todos custam além do orçamento da família, e caso a assistência à saúde seja restringida, ela terá que assistir a filha a morrer.
Segundo ele, a filha foi diagnosticada com encefalopatia metabólica decorrente de aciduria glutárica tipo 1 (uma doença no metabolismo que acumula ácido glutárico na urina, plasma e tecidos do corpo) e necessita de medicamentos para evitar infecções e amenizar dores. Ela não pode comer nenhum alimento de origem animal.
A criança também se alimenta por sonda e precisa de um leite que custa em torno de R$ 1,6 mil cada lata, sendo que são consumidas, em média, sete latas por mês, somando um custo mensal de R$ 11,2 mil.
“Que Brasil é esse. Quer dizer que a gente não vale nada. Que Brasil é esse que quer cortar verba da saúde. Quer dizer que eu vou ter que assistir a minha filha a morrer, enquanto bilionários e políticos têm salários exorbitantes. Então todos que têm filhos especiais vamos ajudar. Vamos ajudar nossas crianças a continuar sorrindo”, diz no vídeo.
Flávio Coelho acredita que com o compartilhamento dos vídeos o governo será sensibilizado e adotará alternativas para não penalizar ainda mais quem já sofre com o descaso público.
Da Redação
Com Pbagora