Ciência sem Fronteiras terá foco no ensino médio

Publicado em terça-feira, julho 26, 2016 · Comentar 


ciencia-sem-fronteiras-milao-jpg-original1-e1469530798731O Programa Ciência sem Fronteiras deixa de conceder novas bolsas de intercâmbio para estudantes de cursos de graduação. A partir de agora, as bolsas só serão oferecidas a estudantes de pós-graduação. O programa será retomado com foco no ensino de idiomas, no Brasil e exterior, para jovens de baixa renda que cursam o ensino médio em escolas públicas.

Segundo a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o governo determinou uma minuciosa análise técnica do Ciência sem Fronteiras e identificou a necessidade de aperfeiçoamento do programa, especialmente na graduação. “As instituições de ensino participantes [na graduação] não foram chamadas para desempenhar um papel ativo no processo de mobilidade acadêmica. Um exemplo disto é a questão da aceitação de equivalência de disciplinas cursadas em outros países. Outro ponto considerado foi o custo elevado para a graduação sanduíche, cerca de R$ 3,248 bilhões para atender 35 mil bolsistas em 2015 na Capes, valor igual ao investido em alimentação escolar para atender 39 milhões de alunos.”

Em relação às bolsas para pós-graduação, a coordenação informa que “estas permanecem e, dentro do limite financeiro disponível, poderão até ser ampliadas”.

A Capes diz ainda que, conforme previsão inicial, o Ciência sem Fronteiras teve a concessão de bolsas finalizada em 2014, e que a atual gestão do Ministério da Educação incrementou o orçamento do programa para garantir a continuidade dos pagamentos das bolsas já concedidas. Os últimos estudantes selecionados pelo programa devem concluir suas atividades até o começo de 2017.

O programa Ciência sem Fronteiras foi lançado em 2011 com a meta de conceder inicialmente 101 mil bolsas. As bolsas eram oferecidas para as áreas de ciências exatas, matemática, química e biologia, engenharias, áreas tecnológicas e de saúde.

Da Redação
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