Pais não devem fazer comentários sobre o peso dos filhos

Publicado em sexta-feira, junho 17, 2016 · Comentar 


crianca-sobrepes-20130411-original1Para aqueles pais que não sabem se comentam ou não a aparência de seus filhos que estão acima do peso, a ciência recomenda: melhor não. Um estudo publicado recentemente no periódico científico Eating & Weight Disorders, mostrou que, embora bem-intencionados, comentários dos pais sobre o peso de uma criança podem desencadear transtornos alimentares, além de reforçar estereótipos negativos, principalmente nas meninas.

“Se você está preocupado com o peso de seus filhos, evite fazer críticas ou restringir a alimentação. Em vez disso, sugira comportamentos mais saudáveis, deixando as escolhas mais atraentes e convenientes”, disse Brian Wansink, principal autor do estudo.

O estudo, realizado por pesquisadores da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, perguntou a mais de 500 mulheres, com idades entre 20 e 30 anos, sobre a satisfação em relação à imagem corporal e sobre os comentários de familiares sobre o corpo durante a infância.

Os resultados mostraram que as participantes com um índice de massa corporal (IMC) considerado normal (entre 18,5 e 24,99) eram 33% menos propensas a lembrar de algum comentário pejorativo de seus pais em relação ao seu corpo ou hábitos alimentares, em comparação com aquelas acima do peso. Mas, independentemente das participantes estarem acima do peso ou não, aquelas cujos pais fizeram comentários sobre a aparência estavam mais propensas estar insatisfeitas com a própria imagem corporal e a achar que precisavam perder entre 5 kg e 10 kg.

De acordo com Rebecca Puhl, vice-diretora do Centro Rudd para Política Alimentar e Obesidade da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, o impacto de comentários negativos sobre a aparência na infância pode ser significativamente prejudicial nas meninas.

“As meninas estão expostas a tantas mensagens sobre magreza e peso e, frequentemente, o valor de uma mulher está relacionado à sua aparência. Se os pais reforçam essas mensagens, elas podem ser internalizadas e causar impactos negativos posteriormente”, disse em entrevista ao jornal americano The New York Times.

Da Redação
Veja.com

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