Muitos gritam, poucos ouvem. Não que seja uma regra natural, mas assim que acontece. A cada ano se fantasiamos e fingimos acreditar no que o nosso próprio coração sabe que é mentira. Vivemos uma eterna farsa. Alguns pela necessidade, outros pela ignorância, o fato é que nossos representantes ou possíveis representantes continuam com o mesmo discurso, e querem que o povo engula como novo.
Repetindo as analogias fantasiosas, que muitos já apontaram em meus textos, digo que nossa cidade está sendo decidida por uma luta entre satã e mefístoles. E o sino não toca para nos livrar do suicídio coletivo. O potencial da cidade é enorme como bem sabe as pessoas que vivem nessas terras altas. Então qual é o problema?
Tudo é simplificação quando deduzimos algo em um texto curto. Mas existem simplificações que são a derrota da racionalidade e outras que é o início de uma luz. A necessidade é o problema. Não existe voto consciente quando a barriga de algum filho está em jogo. Não existe racionalidade ou consciência política quando nossa mãe vê o armário vazio.
Enquanto isso a batalha do apocalipse não termina. Pelos menos os best selleres que tratam do tema tem um fim. Mas a batalha da serra parece eterna. Não coloquei Lúcifer no meio, pois ao menos ele traria o fogo que aquece e ilumina a esperança. Coloquei satã, aquele feio e construído socialmente, aquele com cifres enormes e patas de dragão, aqueles que arte medieval ilustra de forma macabra e sublime.
A guerra é um pretexto. No final mefístoles e Satã se abraçam em ‘’ Romance astral’’ depois brigam de novo, nosso tempo cíclico. Belchior, queria a tua esperança para também dizer ‘’ Que uma nova mudança em breve vai acontecer ‘’ Não tenho. No entanto, tenho ousadia suficiente para repetir ‘’ que precisamos todos rejuvenescer’’ .
Júlio Cesar Miguel
Acadêmico de História
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