Mpho Boadia, de 36 anos, é uma mulher que ficou “com o rosto podre” e teve que lutar pela vida depois de sofrer uma reação alérgica severa apenas algumas semanas após começar um tratamento com antidepressivos.
Ela recebeu a prescrição de seu médico em janeiro de 2013, com o objetivo de ajudar a tratar sua depressão e estresse pós-traumático que sofreu após a morte repentina de um amigo em 2010
No entanto, apenas algumas semanas depois de iniciar o tratamento, ela passou a apresentar feridas por todo o corpo.
Em um primeiro momento, os médicos acreditavam que ela estava com catapora — mas conforme as feridas ficaram piores, ela foi levada para a UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). Lá, ela foi diagnosticada com síndrome de Stevens Johnson — uma condição rara em que o sistema imunológico reage a um “gatilho”, como uma infecção leve ou um medicamento.
Potencialmente fatal, a síndrome faz com que a pessoa desenvolva bolhas no corpo, descamação na pele e nas superfícies dos olhos, boca e garganta.
Segundo Boadia, os sintomas foram tão intensos que “pedaços de carne caíam para fora” de seu corpo toda vez que ela assoava o nariz. Com isso, ela foi levada para receber cuidados intensivos no Hospital Klerksdorp — onde foi colocada sob anestesia geral e teve seu corpo inteiro raspado.
— Foi como se eu tivesse sido queimada com um ferro. As bolhas foram se espalhando sobre mim, foi emocionalmente e fisicamente difícil.
Em seguida, ela foi transferida para uma unidade de isolamento, passou as duas semanas seguintes acordando ocasionalmente.
— Minha cabeça estava apodrecendo. Eu estava explodindo de dentro para fora.
Para a surpresa de todos, depois de algumas semanas, ela começou a se recuperar e, um mês depois, Boadia recebeu alta do hospital.
— Ninguém poderia ter previsto que isso poderia ter acontecido comigo. Mas, de certa forma, estou feliz porque aconteceu. Isso me fez uma pessoa melhor.
Da Redação
Com R7