Com licença Dona Wardíria – A conceituada tabeliã guarabirense Wardíria Toscano trocou o aconchego do irmão pelo afago político de alguns, dentre os quais o governador Ricardo Coutinho, que na semana que findou-se de passagem por Guarabira foi recebido por ela em sua residência.
Pelo que se sabe o rompimento de Wardíria teria se dado pelo fato do prefeito ter lhe feito uma cobrança de IPTU de um imóvel pertencente a seu filho, sobrinho de Zenóbio, o que causou descontentamento da tabeliã.
Quer dizer que por ser irmã do prefeito o seu filho não deve pagar IPTU? Onde já se viu uma coisa dessas?
A constituição federal é clara quando afirma que todos são iguais perante a lei, portanto, se todo guarabirense está pagando o seu IPTU porque o sobrinho do prefeito não deveria?
É fato que o Sr. Zenóbio é uma pessoa nada delicada – não sei como conseguiu dançar no palco da festa da luz – e se a cobrança foi deselegante e pública caberia a Zenóbio um pedido de desculpas a sua irmã – pelo menos é o que acho -, mas criticar Zenóbio por que exigiu que o sobrinho pagasse o IPTU é no mínimo uma incoerência da imprensa que vive cobrando ética e boas práticas dos políticos.
Não estou em defesa do prefeito de Guarabira, ele nem precisa – e nem merece – mas o que é certo do ponto de vista ético tem que servir de exemplo.
Quanto a Dra. Wardíria, não era para tanto minha senhora. Não esquece que família é para sempre, já amigos quase sempre estão de passagem…
A tardia homenagem a Natan – Pelo que já ouvi falar deste locutor de memoráveis campanhas políticas em Mari, de uma voz indiscutivelmente impressionante e talento de sobra, Natan deveria ser lembrado, ou melhor, respeitado por todos os que o conheceram em seus tempos de auge e pelos que hoje ouvem sua história.
Confesso que a disputa política mesquinha que reina nessa cidade me impossibilitou de uma aproximação com ele, mas não impediu que sempre lhe tratasse com respeito, apesar de nossas diferenças ideológicas. Divergir é próprio do ser humano, desrespeitar não!
Natan teria sido desrespeitado por aqueles a quem ele durante longos anos lhes prestou solidariedade política, humana e social… não imaginava que alguém pudesse lhe considerar um bagaço de laranja, como ele próprio revelou no radiofônico que apresento.
Naquele momento ninguém da casta política que integra o governo municipal veio a público se solidarizar com ele, nem mesmo um Martins se prontificou a ‘desdizer’ e porque não desmentir o conceito que alguém disse que o prefeito tinha dele.
Soube recentemente que o vereador José Martins apresentou requerimento outorgando-lhe homenagens, depois de todo o ‘destrato’ que deixaram o ‘velho’ Natan passar.
A tardia homenagem pode ter segundas intenções, pois se aproxima as eleições e certamente a voz vibrante e contundente de Natan fará falta nessas horas.
Digo sempre que é melhor uma crítica verdadeira que um elogio falso: se deixar se levar pela homenagem tardia, pode estar sendo seduzido para o conto do vigário. A decisão é sua me caro Natan!
As ‘bolsas’, os valores e os truques da sedução – Começou as apostas, o vai e vem e o toma lá da cá na política. O eleitor vai ser disputado por tudo e por todos e certamente depois de 02 de outubro pagará o preço do assédio.
Procurado todo dia, de manhã, de tarde e de noite, até de madrugada, depois da eleição de outubro será esquecido até enquanto novo pleito chegar.
Ouvi outro dia de um colega: “eleitor é bicho safado, não pode ver um aceno que corre pro abraço”. As vezes até penso que esse colega tem razão, mas prefiro acreditar nos homens e mulheres de caráter que ainda existem nesse mundão afora.
Mesmo assim sei que os políticos usarão os seus truques para seduzir o eleitor: promessa de emprego, bolsa ajuda a estudante e a compra descarada do voto travestido de ajuda social ao povo.
Os blogs e a imprensa vai protagonizar a guerra de adesões: um dia o camarada tá com um, no outro dia, o camarada tá com outro e nesse vai e vem o dinheiro de propina rola solto, pena que o miserável eleitor que se presta a esse papel – seja ele pobre, rico, velho ou novo – não sabe que esse dinheiro foi aquele que deixou de comprar o remédio da farmácia básica, foi aquele que faltou para a merenda, foi aquele que faltou para a casa própria, foi aquele que faltou para o saneamento básico, para a agricultura, dentre tantos outros serviços que se deixou de ser prestado a população para o bem da coletividade.
E assim caminha a humanidade…
Última – Às vezes, Deus te leva pelo caminho mais longo, não para te punir, mas sim para te preparar.
Marcos Sales
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