Em discurso no Senado, Maranhão pede desculpa à Paraíba por pedir voto para Dilma

Publicado em quarta-feira, maio 11, 2016 · Comentar 


Maranhão-Mari-EntrevistaO senador José Maranhão (PMDB-PB) discursou nesta quarta-feira (11), no Plenário do Senado Federal, em sessão especial que trata sobre o relatório que pede o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT).

Em sua fala, Maranhão pediu desculpas aos eleitores da Paraíba que o ouviram e acataram seu pedido para votar na presidente. “É bem verdade que todos que votamos, estamos tristes, porque não se vota em um candidato que não se confia. Peço minhas desculpas aos eleitores da Paraíba que me ouviram e por isso sufragaram a Dilma Rousseff”, relembrou.

Ele afirmou que existem vários sinais no processo de impedimento, que justificam a saída de Dilma por justa causa. “Há indícios suficientes que caracerizam a justa causa para o prosseguimento do impeachment. Já ouvi muitas considerações, algumas de inteligência indiscutível, já ouvi muito a análise da causa e do efeito desses erros que foram cometidos pela administração federal”, ressaltou o senador.

Para Maranhão, as ditaduras começam por uma eleição e o candidato não tem poder para agir somente da sua forma ou quando lhe convém. “Quando o eleitor vota, ele não dá um papel em branco para que o candidato faça o que bem entender. O candidato não pode se desviar de seus compromissos e fazer no mandato tudo aquilo que ele bem entende de fazer”, frisou.

Por fim, José Maranhão afirmou ainda que acata o parecer do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG). “Eu apoio o parecer do senador Anastasia e a forma como ele colocou as questões sobre as quais estamos sendo chamados para o julgamento final. Eu creio que o Senado vai dar o seu veredito final, cumprindo com o dever de guardiões da constituição e da lei, e sobretudo de fidelidade ao povo que nos escolheu. Não há dúvidas que há uma reação de causa e efeito com o que acontece com as finanças do Brasil. Se ela [Dilma] não for detida, vamos viver dias piores daqueles que vivemos antes do governo Sarney”, alertou.

Da Redação
Com Wscom

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