As diversas crises que se acumularam no Brasil nos últimos anos, culminaram em um processo conturbado de fragilidade politica do nosso sistema democrático. As redes sociais se enchem de frases, os internautas se fantasiam de cientistas políticos, pseudo-Intelectuais, usam a História como legitimação para suas ideias. Nas ruas, milhares de homens e mulheres, lutando por causas que nem eles mesmos entendem, o som nada poético das panelas ecoam pela atmosfera brasileira.
Brigas e apelidos pejorativos, bandeiras de diversas cores. No facebook, ditadores disfarçados, de cabelos arrumados, se transformam em mitos, novos heróis da pátria criados durante essa suposta ‘’ Nova Formação das Almas facebookeana’’.
Para alguns o Brasil é um Paraíso perdido, que se perdeu durante a vitória dos anjos rebeldes que costumam se vestir de vermelho, para outros é um inferno recém-encontrado, onde na tentativa de baixar as labaredas, aumentou-se de forma significativa a utilização de lava jatos. É certo entender que o Brasil nunca foi um paraíso, nem mesmo antes das civilizações europeias pisarem nessas terras, e também não é um inferno recém-encontrado, como qualquer outra nação jovem, começa a desenvolver seus mecanismos e aperfeiçoar seus sistemas democráticos.
A História já ensinou que é a desgraça e a dor, o erro e a crise, que antecede na maioria das vezes mudanças, mas, mudanças não é trocar a cor da camisa, é mudar a essência, a formação das almas deve ser repensada, uma dádiva importante que já pode ser destacada, é a certeza de grande parte da população, de que a imprensa é mais um, entre vários instrumentos de manipulação, desconstruindo o mito do ‘’ Dar a informação da forma que ela é’’.
Momentos como este, em minha opinião, segue um a linha curta que vai do retrocesso a superação, pois bem, tiremos os ventos desgraçados da doutrinação e do fanatismo, e vejamos se o medo e o sentimento patriota de ambos os grupos conduzam o Brasil, para uma melhor consciência política.
Júlio Cesar Miguel
Acadêmico de História
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