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Era noite do dia 11 e a madrugada do dia 12 de fevereiro de 2012, durante um aniversário, no Centro da cidade de Queimadas, há 15 km de Campina Grande, dez bandidos encapuzados e fortemente armados invadiram a residência da comemoração, amarraram as 15 pessoas que estavam no local e as agrediram, além de estuprarem todas as mulheres.
Segundo a acusação do Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB), todo o crime foi premeditado 15 dias antes e teve como mentor o acusado Eduardo do Santos Pereira. O estupro das vítimas seria um presente de aniversário para o irmão dele, Luciano Pereira dos Santos. Os homens combinaram que durante a festa de aniversário, três deles apagariam o sistema de energia e invadiriam a casa com máscaras de carnaval se passando por assaltantes para poder render as vítimas e, depois que elas fossem amarradas e vendadas, todos iriam estuprá-las.
Entre os envolvidos estavam sete adultos, que já foram julgados e condenados, e cumprem pena em penitenciária de João Pessoa. Além destes, mas três homens que eram adolescentes na época do crime, passaram três anos internado no Lar do Garoto, em Lagoa Seca, mas foram libertados em fevereiro do ano passado.
Segundo o Ministério Público, no momento dos abusos, Michele Domingues e Izabella Pajuçara reconhecerem Eduardo como um dos agressores. Depois disso, os acusados colocaram as mulheres em uma pick-up e as levaram para a zona rural. Michelle chegou a se jogar do carro para tentar fugir e foi executada ao lado da igreja católica da cidade. Já Izabella foi morta em uma estrada vicinal. O crime foi elucidado porque uma terceira vítima também teria reconhecido os agressores, mas ficou calada até a chegada da polícia.
Ato em defesa da paz e contra a violência – Nesta sexta-feira (12) o quarto anos do crime que ficou conhecido nacionalmente como a ‘Barbárie de Queimadas’ está sendo lembrado com uma homenagem as vítimas e um protesto contra a violência sofrida por mulheres, os moradores da cidade paraibana promovem uma caminhada.
Da Redação
Do ExpressoPB
