O palco para as disputas políticas visando as eleições municipais deste ano, parecem começar a ser armado no Município de Mari, na zona da mata paraibana. Entretanto, diferente de outros lugares, onde a oposição costuma se antecipar à disputa, apresentando seus possíveis candidatos e desenhando cenários de vitória, em Mari, o grupo do atual prefeito Marcos Martins dá demonstrações de que a disputa já começou.
Depois do suplente de Vereador Dedé da Prefeitura, atualmente no exercício da vereança e ferrenho defensor da atual gestão, ter admitido suas pretensões de disputar o cargo de Prefeito, caso Marcos Martins não possa disputar o pleito deste ano, o Assessor de Comunicação, Acyr Lessa, cuidou de tentar desmistificar uma possível inelegibilidade do chefe do executivo, afirmando que o mesmo será candidato à reeleição.
Já na manhã de ontem (04), o Diretor de Cultura do Município, Assis Firmino, participou do programa “Liberdade de Expressão”, na rádio Comunitária local, para fazer “Previsões” sobre o cenário político a ser enfrentado este ano.
De acordo com a “previsão” do Diretor, as oposições de Mari não chegarão unidas às eleições deste ano e deverão dividir-se em três grupos. Segundo ele, haverá um grupo liderado pelo ex-prefeito Antônio Gomes, outro liderado, pelo ex-prefeito “Gordo” e a também ex-prefeita Vera Pontes, além de outro grupo, que deverá ser liderado pelo comerciante Severino do Bujão.
Aliado histórico da família Martins, Assis previu também, que o atual vice-prefeito, Jobsom da Farmácia, deverá continuar votando no grupo do atual prefeito, Marcos Martins.
Com a imagem bastante desgastada perante a opinião pública e lutando contra uma condenação criminal por fraude em licitação, com a sentença mantida pela Corte Especial do STJ, a movimentação dos seus aliados pode estar demonstrando o temor de Marcos Martins em ter que enfrentar uma oposição unida.
A possível estratégia de Marcos em dividir a oposição mariense, parece cada vez mais visível. Já no ano passado, alguns de seus fiéis defensores chegaram a se filiarem ao PMDB, comandado por “Gordo” e um dos principais oposicionistas a atual gestão. De acordo com informações dos bastidores da política local, a estratégia seria utilizar essas “infiltrações”, para incentivar uma candidatura própria do partindo, dividindo a força oposicionista, ou ainda, defendendo o alinhamento político em torno da reeleição de Martins.
Seja qual for a estratégia de Marcos Martins para tentar reeleger-se, a verdade é que ele parece ter uma. Caberá aos grupos oposicionistas decidirem se irão fazer o jogo político do atual prefeito ou montar a sua própria tática, com vistas a quebrar o jogo do poder.
Da Redação Do ExpressoPB