A esperança levou canudos para o sangue, mas a condenação daquele povo foi imposta antes da vinda do conselheiro, as engrenagens sociais, separam, agridem e matam, são assassinos silenciosos, depois justifica seus crimes como revoltas.
A revolta é o último artifício do espírito humano, morrer por uma verdade é a revelação de que o mundo se tornou uma mentira, sendo os mundos individuais as revoltas coletivas são misérias compartilhadas.
Quem não sonha com o paraíso quando é atormentado diariamente pela dor? Quem não sonha com Um lugar aonde não existe fome, quando seus filhos pedem inutilmente comida.
A história de sangue só será redimida , quando outras verdades chegarem, quando a miséria da teoria tombar na inutilidade de existir, sendo teleologia ou premonição, a finitude existe, os rompimentos são necessários, a evolução continua.
Clio vai morrer os filósofos e historiadores e artistas e Marias e José, deste planeta vão ser esquecidos em meio às vastidões do universo, e então outras bactérias vão existir outras divindades vão nascer, outras universidades e outros textos.
E nesse círculo de existências talvez um dia o homem perceba, que hoje, é o único dia que existe.
A memória é curta os livros que são grandes, e a desgraçada é esquecida facilmente.
Júlio Cesar Miguel
Acadêmico de História
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