Mãe exausta chora no chão de loja depois de filho xingá-la e cuspir nela

Publicado em quarta-feira, maio 3, 2023 · Comentar 


Foto Reprodução

Foi o olhar atento e sensível de outra mãe que lhe prestou ajuda e não fez julgamentos!

O ofício de ser mãe não é fácil. Embora hoje se fale mais sobre o quanto é cansativo a rotina de cuidar dos filhos, muitas mães são julgadas pelo comportamento de seus descendentes. Principalmente quando a situação sai do controle. É muito comum enxergarmos apenas a criança se comportando de forma ruim, mas os olhares, quando voltados para a mãe, são de duro julgamento.

Presenciar situações de “birra” é comum na sociedade. A atenção se volta para os que estão envolvidos no momento, e quem está de fora não entende como aquilo chegou àquele ponto. Até porque, convenhamos, o problema alheio é muito mais fácil de resolver mas, quando acontece conosco, a história muda.

Foi o coração cheio de amor e sensibilidade de Bertha Melmam Brunchport, que mudou a noite de uma mãe completamente sobrecarregada. Ela saiu para trocar alguns presentes que o filho ganhou no aniversário e, na loja, ao longe, começou a ouvir a voz de uma criança pequena. O garotinho falava alto, pedindo colo, claramente incomodado por estar ali.

Bertha contou à Revista Crescer que começou a prestar atenção na cena. A mãe da criança não podia pegá-lo, pois estava cheia de sacolas, bolsas e carrinho com as compras.
O menino aparentava ter 2 anos e chorava muito, e a mãe tentava convencê-lo de que não conseguia carregá-lo. A irritação foi ficando maior, ele se jogava no chão, batia as pernas, uma cena que a maioria das pessoas já presenciou em alguma fase da vida.

Na hora, ela se lembrou de que já havia passado por uma situação semelhante com seu filho, então aquele momento lhe era familiar. A vontade de ajudar foi ficando mais intensa em Bertha, até que o ápice da raiva da criança aconteceu. Ele xingou a mãe e cuspiu nela. Aquele momento foi a gota d’água para ela. Não por causa da birra da criança, mas pela mãe e o que aconteceu depois. Ela estava tão exausta que, sem forças, sentou-se no chão, largou todas as sacolas e desabou a chorar de soluçar.

Bertha então contou que se aproximou dela e perguntou se precisava de um abraço. A mãe aceitou e ficaram ali por alguns minutos. Começaram a conversar e a mãe relatou que estava cansada, precisava dormir. Além do filho de 2 anos, ela tinha um bebê de 3 meses, que não dormia bem. O marido ficou em casa, com o outro filho, enquanto ela decidiu sair para espairecer. A mãe estava tão desolada que, inúmeras vezes, se julgou errada e pediu desculpas pelo ataque de raiva da criança.

Bertha a ouvia, pegou um lenço que tinha na bolsa e limpou o rosto da mãe. Tentou acalmá-la, dizendo que todas as mães erram, mas tentando acertar, e que estava tudo bem. Enquanto estavam sentadas no chão, uma vendedora que acompanhava a cena distraiu a criança com um brinquedo e depois levou água para a mãe, ainda no chão.

Ela foi se acalmando, respirou fundo, agradeceu a Bertha e se levantou, pegou seu filho e foram embora.

Havia muitas pessoas na loja. Muitas viram a cena e nada fizeram. Apenas olharam.

Se não fosse a sensibilidade de Bertha, provavelmente seria mais um dia normal, menos para aquela mãe, que estaria em pleno desespero, sobrecarregada com suas funções.
Bertha viu uma oportunidade para repensar o impacto das atitudes na vida das pessoas. Se as mulheres se ajudassem mais, a rede de apoio cresceria e o julgamento diminuiria bastante. Muito se fala em empatia, mas poucos a colocam em prática, concluiu.

Redação/OAmor

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