VIRARAM A CASACA! Bolsonaristas de “carteirinha” abandonam o “mito” e demonstram apoio ao governo Lula; saiba quem são

Publicado em domingo, janeiro 8, 2023 · Comentar 


Arte: Marcelo Júnior

O ex-presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (PL), viu muitos apoiadores “pularem” de seu barco antes ou após as eleições presidenciais de 2022,  bolsonaristas de “carteirinha” abandonaram o então presidente para fazer aceno ao presidente eleito Luíz Inácio Lula da Silva. Políticos e empresários que até então eram defensores ferrenhos do ex-capitão “viraram a casaca”? Tinham um posicionamento fraco? Ou apenas estão decepcionados com o ex-presidente?.

O Polêmica Paraíba separou pra você alguns desses então apoioadores de Jair Bolsonaro. Confira abaixo:

Parlamentares eleitos em 2018 na esteira do bolsonarismo compareceram a cerimônias de posse de ministros da nova gestão, sinalizando uma tentativa de aproximação com o governo Lula (PT).

Quatro deputados eleitos em 2018 na esteira do bolsonarismo foram prestigiar Geraldo Alckmin (PSB), que assumiu o comando do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Em publicações nas redes sociais, os parlamentares Júnior Bozzella (União Brasil), Julian Lemos (União Brasil), Heitor Freire (União Brasil) e Dayane Pimentel (União) registraram suas presenças na cerimônia de posse de Alckmin. Eles romperam com Bolsonaro ao longo do último governo.

O aceno ao governo Lula não envolveu apenas parlamentares rompidos com Bolsonaro. Vice-líder do antigo governo na Câmara e apoiador de primeira hora do ex-presidente, o deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) na posse dos ministros das Cidades, Jader Filho, e dos Transportes, Renan Filho.

Na posse de Lula, no domingo, também chamou a atenção a presença da ex-ministra da Secretaria de Governo de Bolsonaro, Flávia Arruda (sem partido-DF). Ela foi uma das parlamentares a parar o novo presidente no Congresso para abraçá-lo. Dois dias depois, se desfiliou do PL, partido de Bolsonaro.

A interlocutores, Flávia nega que esteja se aproximando e diz que nunca foi inimiga, nem adversária de Lula. Além disso, nessas conversas, justifica a saída do PL por não conseguir conviver, segundo a ex-ministra, com radicalismo. A legenda passou a abrigar o ex-presidente e aliados mais estridentes.

Juscelino Filho (União-DEM), foi escolhido por Lula para para ficar à frente do Ministério das Comunicações, o parlamentar votou pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT), em 2016, fez coro pela prisão de Lula em 2018 e compôs a base parlamentar do presidente Jair Bolsonaro (PL). O ex-capitão teve um mandato marcado por diferentes ações extremistas, incluindo o aparelhamento da comunicação pública e a associação de personagens do governo à indústria de fake news.

Nova ministra do Turismo do governo Lula, Daniela Carneiro  já fez acenos às pautas de costumes defendidas durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). Em um vídeo divulgado no Instagram em dezembro de 2020, criticou a “ideologia de gênero nas escolas” e o “lobby” pela linguagem neutra. Daniela Carneiro já posou ao lado do ex-presidente e lhe desejou parabéns em  março de 2021: “Que Deus abençoe o senhor com saúde, paz e amor, e guie sempre seus passos para continuar sua missão em nosso país”.

O presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, afirmou nesta segunda-feira 2 que o partido “vai estar junto” do governo de Lula (PT). O recado do dirigente partidário tem dois alvos certos: o senador eleito Sérgio Moro (PR) e o líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento (BA).

O União Brasil vive uma divisão interna sobre apoiar ou não a gestão petista mesmo com dois de seus integrantes ocupando os ministérios das Comunicações e do Turismo. A divergência ocorreu após o senador Davi Alcolumbre (AP) protagonizar a negociação que resultou nos indicados ao governo.

“Se o governo está bem-intencionado e quer fazer o melhor, o União Brasil vai estar junto”, disse Bivar ao site Poder360. Questionado sobre as posições de Moro, o dirigente declarou que o ex-juiz “como qualquer outra pessoa é racional”.

O então bolsonarista, Arthur Lira, parece já estar bem com o governo Lula, Lira conduz a migração de parte do Centrão (PP, PL e Republicanos) para aliança com Lula. Em contrapartida, garante uma fatia de poder no novo ciclo de governo. Havia uma expectativa de adesão de Lira, mas aconteceu o contrário: Lula mandou sua base aderir ao deputado do Progressistas de Alagoas, comandante do Centrão, o agrupamento partidário que até à eleição funcionou como esteio parlamentar do adversário Jair Bolsonaro. O deputado pretende permanecer na presidência da Câmara até fevereiro de 2025.

Os paraibanos e então bolsonaristas, Valdinei Gouveia, reitor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), indicado para o cargo por Bolsonaro, pois não venceu a eleição, já fez aceno ao governo Lula, e esteve com o novo ministro da educação.  Já o empresário Alisson, proprietário da loja Arsenal de Armas PB, localizada em João Pessoa, fez uma live no instagram da sua loja soltando duras críticas ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

No vídeo, o empresário deixa claro que votou em Bolsonaro nas eleições de 2022, e que deixou de votar em Lula pois ele é contra ao movimento armamentista.

Alison direciona várias críticas a Bolsonaro e chama o ex-presidente de covarde. “Lula sabia que ia ser preso, e ele ficou no Brasil poderia ter fugido, mas ficou, cumpriu a cadeia, saiu e virou presidente. Bolsonaro colocou o povo na rua,  o povo começou a ser preso e ele se acovardou e foi embora do país. Ele é um covarde”, disse.

O proprietário da loja que está entre as maiores lojas e clubes de tiro do Brasil ainda disse que o presidente Lula é mais “macho” que Bolsonaro, e acredita que o petista irá fazer um bom governo.

Empresário Alisson/ Foto Reprodução

Da Redação 
Com Polêmica Paraíba

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