Justiça proíbe ‘festa privé’ em cobertura que teria instalado clube de sexo para virada de ano

Publicado em sábado, dezembro 31, 2022 · Comentar 


Uma festa privé – em um apartamento residencial e comercial de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro – foi parar no tribunal. A Justiça do Rio de Janeiro determinou a proibição de um evento intitulado ‘Réveillon Liberal’ programado para este sábado (31), durante a virada do ano. A informação é do G1.

Segundo a matéria, “caso a proprietária e os inquilinos descumpram a decisão, serão multados em R$ 200 mil. Nas redes sociais, o evento tem sido divulgado com ingressos de R$ 1.300 por pessoa.

O imbróglio tem se arrastado desde junho, quando representantes de um condomínio localizado na rua Figueiredo de Magalhães entraram com um processo contra a proprietária de uma das coberturas e dois inquilinos que teriam instalado um clube de sexo com show de strip e troca de casais no edifício, afirma a referida matéria.

Neste processo, que tramita na 19ª Vara Cível da Capital, os advogados sustentam que em espaço de 340 metros quadrados foi transformado em um “centro de massagens”, desde junho, são exploradas a prostituição e a venda de bebida alcoólica.


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Nas redes sociais, o espaço é descrito como “um ambiente discreto e confortável para os clientes”. Além disso, é mencionado contendo “produtos eróticos” e que o local é como uma “casa de massagens”. No perfil do Instagram, são anunciados eventos como “quatro casais trocando de parceiras” às quintas-feiras e ainda “pós-praia resenha liberal” e “swing” aos domingos.

“Queremos dar as boas-vindas, nossa cobertura está bem localizada na quadra da Praia de Copacabana, com vista para o Cristo Redentor e pontos turísticos mais famosos do mundo”. É o que descrevem os responsáveis pelo local para a virada do ano.

Nesta quinta-feira (29), o juiz Fábio Lopes Cerqueira, do Plantão Judiciário, determinou a proibição do “Réveillon Liberal” ou de festas similares, sob pena de multa única de R$ 200 mil. Segundo o magistrado, apesar de o condomínio ter destinação residencial e comercial, o imóvel tem apenas o alvará para atividade de psicologia, sendo vedado o incômodo e prejuízos à vizinhança.

Cerqueira afirma, também, que as provas produzidas até o momento indicam a violação ao artigo 29º da Convenção de Condomínio.

Ao g1, o advogado Yannick Yves Andrade Robert, que representa o condomínio, afirmou que a festa deste fim de semana teria início às 21h, e era planejada com open-bar e open-food. Cerca de 300 pessoas eram esperadas no evento, que não tinha autorização do Corpo de Bombeiros.

“Num primeiro momento, eles faziam os atendimentos individuais. Passamos então a pedir a identificação das pessoas que entravam no apartamento, o que eles negaram e informaram que não iriam identificar os amigos. Depois de várias notificações, eles mandaram uma carta para um condomínio alegando que ali era um consultório psiquiátrico e por isso não poderiam informar a identificação dos supostos pacientes”, conta Yannick Yves Andrade Robert, que completa:

Panfletos entregas para possíveis clientes  — Foto: Reprodução

Panfletos entregas para possíveis clientes — Foto: Reprodução

“Diante da demora do juiz responsável pelo processo original em apreciar o pedido, foi necessário o ajuizamento de medida urgente perante o Plantão Judiciário para preservar a segurança de centenas de condôminos”.

O prédio onde a casa prive funciona tem 300 apartamentos – na sua grande maioria residencial. Os testemunhos de porteiros, zeladores e vigilantes do edifício, além de outros condôminos, foram juntadas como provas para o processo inicial, e indicam uma intensa movimentação no imóvel.

A equipe de reportagem tenta localizar o locatário da cobertura.

Da Redação 
Do ExpressoPB

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