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O Palmeiras já disputou a final da Libertadores em 1961, 1968, 1999 e 2000. A quinta decisão está a noventa minutos, que reunirão confiança da torcida e desconfiança por velhas batalhas. Se o Palmeiras foi capaz de perder uma final de Mercosul para o Vasco, fazendo três gols no primeiro tempo e sofrendo quatro no segundo, é claro que na mente do mais veterano palmeirense essa partida volta à memória.
Mas Abel Ferreira já deixou claro que a equipe de hoje tem um valor: “mentalidade.” A capacidade de pensar em cada jogo, de acordo com suas características, mentalizando seus pontos fortes. O River Plate tem o ponto fraco da defesa e o Palmeiras não sofre gols há quatro partidas.
Isto surpreende e impressiona até rivais. Dentro de elencos de São Paulo, Flamengo, Atlético Mineiro, Grêmio e Internacional comenta-se a capacidade da defesa que ninguém passa. São justamente os outros cinco possíveis campeões brasileiros.
O Palmeiras está perto da final da Libertadores e tem a chance de conquistar a improvável tríplice coroa. Improvável por quê?
Bem, porque o Palmeiras somará ao jogo desta terça-feira contra o River Plate uma maratona contra o Grêmio, sexta-feira (15), Corinthians, segunda (18), e Flamengo, na quinta (21). Depois, enfrentará o Ceará no dia 24, o Vasco dia 27 e o Botafogo, dia 31, ou a final da Libertadores, dia 30.
Se estiver classificado, o jogo contra o Botafogo se juntará a outra maratona. E, se vencer a Libertadores, teria de estar dia 7 no Morumbi contra o São Paulo e em Doha para a semifinal do Mundial de Clubes. Teria, porque a CBF já anunciou que mudará a tabela no caso de ser o Palmeiras o vencedor da Libertadores. A confederação também deixou evidente que caberá ao representante brasileiro disputar um jogo com intervalo inferior a 66 horas. Ou seja, diminuirá muito sua chance de seguir tentando ganhar tudo.
Nosso sonho é ser o futebol inglês. Pois não é que o Palmeiras poderá fazer o mesmo que o Liverpool, escalado com reservas em 17 de dezembro de 2019, para perder do Aston Villa por 5 x 0, e com titulares no dia seguinte, para vencer o Monterrey, do México, no último minuto, no Catar.
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Se o Palmeiras tiver de fazer toda esta rotina, ou a CBF precisará empurrar o Brasileirão para depois de 24 de fevereiro, ou o Palmeiras terá de ser convencido a jogar o campeonato com um time de aspirantes.
Daí a maior dificuldade de vencer a tríplice coroa.
Mas Abel Ferreira pensa em um jogo por vez. O de hoje pode levar a um momento histórico: jogar sua quinta final de Libertadores, no Maracanã, mesmo palco do título da Copa Rio em seu aniversário de 70 anos.
Da redação/ Com Globoesporte.com
