Surpreendeu o fato de um dia após a explosiva prisão dos vereadores do Conde – no litoral sul da PB – a mesma justiça que mandou prender, mande soltar os parlamentares.
Ora, caro leitor, o que mudou de um dia para o outro para que os vereadores detidos deixassem de representar perigo a seus acusadores? Partindo desse questionamento, pouco justificável, a opinião pública começa a entender que operações policiais como esta que resultou na prisão dos vereadores condenses nada mais foi do que uma operação midiática, com o objetivo claro de atrair repercussão na mídia.
Não quero dizer com isso que os acusados não estejam de fato envolvidos nas irregularidades apresentadas no inquérito policial, mas questiono a forma em que se deu a operação Cavalo de Tróia.
A prisão de um dos parlamentares se deu durante uma sessão, de forma escancarada e com direito a filmagem que em segundos ganhou as mídias sociais e os meios de comunicação oficiais.
Os responsáveis pela referida operação precisam justificar com fato concreto o que levou a prisão dos parlamentares, mas também o que levou a soltá-los.
O fato é que a cada dia essas operações policiais vão deixando a sensação de que busca muito mais atrair as manchetes dos portais, tvs e jornais do que propriamente o seu objetivo concreto.
Cautela e prudência nesses casos poderiam evitar certos questionamentos.
Em tempo: os vereadores do Conde estão com tornozeleira eletrônica.
Marcos Sales
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