Relatório revela crescimento de violência contra jornalistas em 2018; Paraíba registra 3 casos

Publicado em quarta-feira, janeiro 23, 2019 · Comentar 


Os casos de agressões a jornalistas no Brasil cresceram 36,7% entre 2017 e 2018, de acordo com relatório recente da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj). A entidade contabilizou 135 ocorrências de violências, que vitimaram 227 profissionais.

Os principais agressores identificados pela Fenaj foram eleitores/manifestantes, responsáveis por 22,2% dos casos de agressão. No ano passado, o Brasil viveu uma campanha presidencial polarizada. Os partidários do presidente Jair Bolsonaro foram os que mais agrediram jornalistas, de acordo com a Fenaj: eles foram responsáveis por 23 das 30 ocorrências que envolviam eleitores/manifestantes.

Na Paraíba, o radialista Severino Faustino de Almeida Neto, de 43 anos, foi assassinado no dia 24 de outubro, em Cubati, cidade do agreste paraibano. A Polícia Militar afirma que o profissional já havia sido ameaçado de morte cinco vezes e sofrido sete tentativas de homicídio. Nenhum suspeito foi identificado.

Outro caso registrado no estado foi contra a jornalista da TV Correio, Ludmila Costa. A repórter foi agredida verbalmente por um homem, enquanto fazia a cobertura da crise dos combustíveis em um posto da capital.

A prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi estopim para violência contra jornalistas: a Fenaj contou sete casos de agressão em protestos contra a condenação e encarceramento de Lula. O jornalista Oscar Neto, da BandNews FM, foi agredido durante a manifestação do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MTST) e adeptos do Partido dos Trabalhadores (PT), em apoio ao ex-presidente Lula, que aconteceu no dia 6 de abril do ano passado, em João Pessoa.

Da Redação 
Com Portal T5

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