Centrais convocam para sexta manifestação contra reformas

Publicado em terça-feira, novembro 7, 2017 · Comentar 


Centrais sindicais esperam reunir milhares de trabalhadores na próxima sexta-feira (10), em protesto contra a Lei 13.467 (“reforma” trabalhista), a ameaça de mudanças na Previdência Social e a Portaria 1.129, do Ministério do Trabalho, que alterou o conceito de trabalho escravo e foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal. Dirigentes de sete centrais e diversos sindicatos se reuniram nesta segunda-feira (6), na sede da CUT, em São Paulo, para discutir o movimento.

Na capital paulista, a concentração será às 9h30, na Praça da Sé, no centro. Os sindicalistas ainda avaliam se haverá passeata rumo à Avenida Paulista. À tarde, servidores públicos participam de ato diante do Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, zona sul da cidade.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, afirma que categorias “que tiverem força política” vão buscar salvaguardas contra a lei que altera a legislação trabalhista, como ocorreu recentemente com metalúrgicos e químicos. Mas a central defende a revogação da 13.467, e nesse sentido organiza um abaixo-assinado por um projeto de lei de iniciativa popular. Vagner informou ter recebido hoje documento com 4.574 assinaturas na base do Sindicato dos Bancários do ABC, formada por aproximadamente 7 mil trabalhadores – 65% do total. A lei entra em vigor exatamente no dia seguinte ao da manifestação.

Ele avalia que Executivo e Legislativo ainda podem tentar pôr em votação a emenda de “reforma” da Previdência. “Vontade eles têm. Esse Congresso e esse governo têm ouvidos moucos à sociedade”, afirmou, lembrando que o projeto trabalhista acabou sendo aprovado mesmo sob pressão intensa dos trabalhadores, incluindo uma greve geral em 28 de abril.

Segundo o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, as centrais deverão marcar um dia nacional de paralisação assim que o Congresso definir a data de votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, da Previdência. Na próxima sexta, sindicatos farão assembleias nos locais de trabalho para então se incorporar ao ato na Praça da Sé.

Da Redação 
Com Rede Brasil Atual

 

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