TV por assinatura perde quase 500 mil usuários em quatro meses

Publicado em sexta-feira, janeiro 22, 2016 · Comentar 


1tv-paga-ancineNo ano passado, ao cobrir os painéis do Congresso da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), o Portal Comunique-se noticiou a visão do mercado para 2015. À época, o otimismo tomava conta das discussões sobre TV por assinatura e a maioria dos executivos concordava que era injusto falar de ano ruim para o setor, pois, mesmo diante da crise, os resultados seriam bons. Passados alguns meses, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou que quase meio milhão de assinantes cancelaram suas contas de julho a novembro.

As informações do site Notícias da TV mostram que as operadoras fecharam o penúltimo mês de 2015 com 19,167 milhões de assinantes. Os números representam queda de 2,5% se comparados com os de julho, quando o setor tinha 19,658 milhões de clientes. A previsão da ABTA para o ano era de “crescimento zero” e de fato a oscilação foi pequena já que novos assinantes chegaram ao período. Se comparados os números do segundo semestre, novembro foi o pior mês para o mercado, quando todas as operadoras registraram queda.

Presidente da ABTA, Oscar Simão falou sobre o cenário no ano passado. De acordo com ele, o setor esperava estagnação, mas não contava com a retração na economia do país. Segundo o executivo, em 2016 pode haver redução ainda maior de clientes, principalmente em 15 estados e no Distrito Federal, onde a alíquota do ICMS sobre o serviço deverá passar de 10% para 15%. “O aumento da carga tributária é uma das nossas maiores preocupações. Porque junta isso com um momento ruim e acaba tendo um efeito negativo muito grande, com aumento do preço e a redução da demanda”, disse Simões, segundo matéria da Agência Brasil de 2015.

Além disso, o roubo de sinal foi apontado como preocupante durante a ABTA do ano passado. Simões falou que a situação econômica pode incentivar o acesso clandestino à programação fechada. Estima-se, de acordo com o executivo, que quase 5 milhões de casas possuem este tipo de conexão atualmente. Em 2014, o número já alcançava 4,2 milhões de domicílios. “Quando a pessoa tem hábito de ter o serviço em casa e, de repente, não pode mais pagar, ela se sente atraída a cair em tentações”, explicou. Ele disse que as mais variadas ofertas facilitam esse tipo de situação e que o crime envolve o mercado internacional e pessoas competentes no esquema.

Da Redação
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